a) A lavra tem um custo de US$ 10, por tonelada produzida.
b) O beneficiamento junto à lavra para produzir a pasta a ser transportada tem gasto de US$ 9 por tonelada.
c) O transporte do material (pasta) via mineroduto tem custo de US$ 2 por tonelada e é considerado o diferencial do sistema. Bom recordar que o transporte de minério por ferrovia entre Carajás, Pará e o Porto de Itaqui, no Maranhão era há cinco anos no valor de R$ 25 por tonelada. Hoje, pode ser estimada em, no mínimo US$ 13 por tonelada, ou seja, cerca de sete vezes mais caro.
d) O desembolso na unidade de filtragem é de US$ 1, mais US$ 5 com o embarque no Porto do Açu que é feita pela Ferroport (joint venture entre a Anglo American e Prumo).
e) Para fechar são contabilizados com outros custos (ou complementares) a quantia de US$ 6 por tonelada.
É oportuno recordar que quando o projeto do Sistema Minas-Rio foi projetado ainda pela MPX, antes de existir a MMX e depois a LLX que cuidou do projeto até ser vendido pelo Eike à mineradora Anglo American por US$ 5,5 bilhões, a cotação do minério no mercado internacional chegou a US$ 180 a tonelada e ontem, a tonelada estava sendo negociada a US$ 69,80 no mercado internacional.
Fala-se em reservas de 1,4 bilhão de toneladas de minério de ferro serem exportadas pela empresa, que a despeito do preço do minério no mercado internacional, prevê a duplicação do mineroduto.
Este é um projeto que tem a forte resistência não apenas das comunidades atingidas em Minas Gerais, mas, hoje, também, até de empresários da Federação da Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG, que alega que o prejuízo para o estado da perda dos recursos hídricos levados junto com a pasta que transporta o minério até o Porto do Açu.
As comunidades reclamam que tamanha produtividade e lucros em nada se reverte para a comunidade que é atingida e sofre os impactos, com pouquíssimos benefícios, inclusive com a baixa geração de empregos.
Veja abaixo vídeo que mostra parte do processamento e também do primeiro carregamento de cerca de 80 mil toneladas de minério de ferro no Porto do Açu.
Trata-se de um vídeo institucional e portanto, com muita propaganda e marketing, mas, que permite a quem não conhece ter uma boa ideia da cadeia de processamento. A processo envolve desde a extração na lavra da mina em Conceição de Mato Dentro, MG, beneficiamento, produção da pasta, transporte pelo mineroduto, estações de bombeamento, até a filtragem e desidratação, junto ao porto. Ali, sai em esteiras para ser carregado nos navios graneleiros para exportação do minério de ferro, através do Porto do Açu, no litoral do Norte Fluminense:
2 comentários:
Em meio a este projeto que trará desenvolvimento para a região' não entendo porque vejo neste blog tanta negatividade diante a este grande projeto. Gostaria de entender porque tanta torcida pra que este projeto não dê certo. Será que os "intelectuais" não acreditam que nossa região possa se desenvolver?. "Intelectuais estes que nunca deixaram o desenvolvimento chegar com suas hipocrisias.
Eu torço para que tudo dê certo neste projeto,que vem enfrentando tantos problemas' pproblemas estes que serão superados apesar de tantos torcerem contra!
Que beleza a operação... É desse lugar que muitas famílias tiraram o seu sustento e muitos sonhos serão realizados!
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