Na tarde desta terça-feira, apesar de normalmente ser uma época do ano em que o mar em nosso litoral volta a se afastar, ele voltou a jogar água na rua da beira-mar, na praia da Barra do Açu, já completamente atingida.
As imagens abaixo foram enviadas ao blog pelo morador, técnico e comerciante, Denis Toledo. Além do Açu, também hoje, o jornalista e blogueiro Ricardo André aqui em seu blog (também foto ao lado), publicou release da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos, informando que nesta quarta-feira será interditada a variante que a PMCG havia construído como alternativa à estrada litorânea entre as praias do Farol e Açu, que foi recentemente atingida pelo avanço e erosão da costa do mar, naquela região.
O motivo foram também o avanço do mar que atingiu a variante e o tráfego de veículos se tornou um eminente risco. Assim, as pessoas que precisarem se deslocar terão que sair do Farol até Baixa Grande pela RJ-216, para chegar ao antigo 5 Distrito de SJB.
Os fatos nessa época do ano parecem sedimentar a interpretação de que a construção dos píeres e quebra-mar do Porto do Açu, modificaram a movimentação oceânica naquela região, fenômeno normalmente conhecido e prevenido com ações de engorda das áreas atingidas. É assim no mundo inteiro.
Não é preciso ser especialista na questão para estimar que a continuar a paralisia das autoridades e dos responsáveis pelo empreendimento do Porto do Açu, quando a época mais complicada de ventos, marés, entre maio e outubro chegarem, o risco do balneário ser fortemente atingido, já que não há mais barrancos de proteção são enormes.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
Prezado Roberto Moraes, o nível do mar igualou ao nível da praia. O mar jogou água até debaixo do palco no qual é oferecido circo para o povo. As localidades de Água Preta e Mato Escuro já sofrem com a ação dos resíduos do minério e das nuvens de areia que são levadas pelo vento desde o porto.
Não bastasse a seca terrível que assola diversas regiões, este projeto megalomaníaco também causou a destruição de rios e nascentes ao longo do maldito mineroduto, e também no seu entorno, com aterros de areias trazidas de alto mar, abertura do canal, desmatamento, salinização das águas, entre outras tantas destruições.
A natureza está dando sua resposta diante de tantas agressões e de tantas licenças irresponsáveis concedidas pelos poderes constituídos.
Só está faltando o próprio mar derrubar a ponte e o castelo de areia transformado pelo porto.
Infelizmente não haverá solução para salvar a praia e sua comunidade pois os chamados EMPREENDEDORES não são instituições beneficentes e não estão nem aí para a comunidade do Açú.
Chega de mentiras.
O porto do Açú é uma grande mentira.
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