Além disso, as fusões, diga-se megafusões estão sendo decididas. Das quatro grandes estatais chinesas, o governo de Pequim estuda a fusão duas a duas. Assim, a CNPC (China Nacional Petroleum Corp.) se juntaria à Sinopec (China National Petrochemical Corp.) que é mais forte na área de refino.
A outra megafusão seria entre a CNOOC (China National Offshore Oil Cor.) e a Sinochen Group. O objetivo seria a a ampliação da eficiência e a disputa com outra gigantes do setor.
"Crises" na economia de economia de forma geral ou por setor geram sempre mudanças e a formação de ainda maiores oligopólios. O caso no setor de óleo e gás não é diferente, tanto na exploração, serviços quanto no beneficiamento ou serviços.
Desta forma, no setor a espanhola Repsol SA comprou no ano passado a canadense Talisman Energy por US$ 8,3 bilhões. Assim, no setor de serviços especializados de petróleo, a americana Baker Hughes foi comprada Halliburton num negócio 35 bilhões de dólares que está gerando a demissão de mais de 15 mil trabalhadores, quase sempre a vítima desses processos de "reorganização".
O caso das fusões e aquisições extrapolam para além do setor de óleo e gás. Assim, no setor ferroviário, empresas estatais fabricantes de vagões e máquinas chinesas também fizeram fusão para disputar o mercado em melhores condições, contra as gigantes do setor, a alemã Siemens e a canadense Bombardier Inc.
Corporações que dizem defender a "livre" concorrência buscam a formação de oligopólios ou monopólios num processo cada vez mais agressivo. Além disso, aparentemente, se pode observar que os novos alinhamentos ainda não vão na linha eurásia e sim na disputa entre corporações dos dois continentes. Evidentemente, o reflexo disso avança para a questão geopolítica.
Vale ainda observar o possível reflexo de tudo isso sobre o setor de petróleo no Brasil. Por aqui, a Sinopec se juntou à espanhola Repsol SA e criaram o negócio que passou a ser chamado de Repsol Sinopec Brasil para atuação em exploração na Bacia de Santos, nos campos produtivos de Albacora Leste e Sapinhoá e no desenvolvimento dos campos de Piracucá e Carioca e ainda outros nove blocos exploratórios. Enquanto as as estatais chinesas CNPC e CNOOC participam (cada uma com 10%) do consórcio que arrematou o direito de explorar o campo de Libra no Pré-sal junto da Petrobras.
Pelo que se intui todas essas movimentações ainda estão em fase iniciais. Outras decisões deverão se desdobrar a partir dessa nova realidade no capitalismo mundial. A conferir!
Fontes: The Wall Street Journal, Exame e arquivos do blog.
Fontes: The Wall Street Journal, Exame e arquivos do blog.
Um comentário:
Na China, existe esse recurso de fundir empresas estatais petrolíferas, porque elas ainda não haviam sido, fundidas;
Entretanto, aqui no Brasil, o caso é bastante diferente, pois, a única estatal petrolífera brasileira, a Petrobras, ainda não pode ser mais fundida, com outra, porque, já está, "fudida", digo, "fundida", com o PT.
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