sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Proprietários lutam pelos seus direitos e conseguem limpar tanques para dar água a gado no Açu

A polêmica descrita na nota abaixo (aqui) que durou quase toda a manhã foi vencida com pressão pelo cumprimento da ordem judicial. A empresa Prumo alegava que a autorização judicial seria apenas para permitir a limpeza dos tanques.

Os seis proprietários reclamantes alegavam que precisavam acompnhar a limpeza dos tanques. A presença do secretário municipal de Agricultura Pedro Nísio e do vereador Frank Areas, mostrando o absurdo da questão acabou por demover os vários advogados da Prumo.

Em seguida eles queriam impedir que a limpeza dos tanques viabilizasse uma altura superior a 20 centímetros de água. Mais uma alegação descabida. O relato dos proprietários sobre o acesso do gado a água são impressionantes. Além do gado, servidores da área de Meio Ambiente pode ver a chegada de cobras, que mesmo com a presença de pessoas correram para beber água.

Os proprietários tinham interesse em ajudar outros que estão na mesma situação de impedimento de entrarem nas propriedades. Mas, zelosos do cumprimento da decisão judicial, mesmo lamentando se ativeram às suas áreas, como já tinham sido orientados pela Justiça.

As máquinas da prefeitura permanecem na propriedade para que outros tanques possam ser ainda amanhã limpos.

É difícil se crer numa polêmica como essa, quando o discurso da sustentabilidade ambiental tenta fazer crer um interesse coletivo. Lamentável ter que envolver a Justiça numa questão tão simples omo essa.

Nada justifica a truculência e a falta de traquejo para lidar com a comunidade. A relação porto-cidade-comunidade pode e tem o dever de ser bem diversa da que se está assistindo dia após dia.

É ainda importante registrar como a comunidade local age, de forma ordeira e pacífica, mas, ciente e firme na luta pelos seus direitos.

O blog como faz desde o início acompanha toda essa movimentação. Não é contra o empreendimento, mas, jamais pode admitir que ele possa ser feito sobre e por cima da comunidade, sem diálogo e sem busca de uma verdadeira integração com a população local.

Abaixo o blog expõe duas fotos desse processo. Na primeira imagem veja o tanque na área de restinga da região sendo reaberto. Já na segunda mostra a máquina já aprofundando o tanque permitindo o aparecimento da água par auso do gado. Observe que toda a operação é acompanhada por funcionários da Prumo.






























PS.: Atualizado às 20:42: Abaixo algumas outras fotos do ocorrido hoje. Desde a presença de enorme contingente policial, a retirada e enterro de animais mortos entre outras imagens:





2 comentários:

Anônimo disse...

Por que será que eles fizeram tudo que quiseram todo esse tempo ?
Alguém deixou, é claro.

Anônimo disse...

Se fôssemos um país sério e a justiça não fosse elitista ou parcial, não estaria acontecendo essas e outras mazelas de envergonhar e de arrepiar.
Que vergonha.
A comunidade do 5º distrito de São João da Barra está sendo estuprada mais uma vez na sua dignidade.
Os controladores desse maldito porto precisam receber um freio no cometimento de injustiças que parecem não ter fim.
Que as ondas do mar que estão invadindo o Açu, também façam ruir esse castelo de areia, uma grande mentira de progresso.
A justiça do homem pode tardar e falhar, a outra não.