A Emec conseguiu autorização do município para se instalar na área já exígua do horto municipal, numa cidade de porte médio, com população estimada hoje, em cerca de 500 mil habitantes e que até hoje não possui um parque municipal em sua área urbana.
Particularmente considero que essa relação público-privada de contratação de serviços precisa ser melhor esclarecida. Mesmo que estranhamente, o espaço de instalação de uma base para a empresa contratada, seja uma contrapartida da contratante, o espaço não parece o mais adequado considerado inclusive o Plano Diretor do município e seu zoneamento que regula o uso e a ocupação do solo.
O normal em tal situação seria a da contratada possuir o seu local específico para instalar a sua base. Os moradores da região têm reclamado dos impactos de tal instalação. Um dos que tem reclamado é o Ruben Rosenthal que nos mandou um relato de um desses impactos dentre tantos outros que identifica ter como causa a instalação da base da empresa Emec, na área do Horto Municipal de Campos.
Veja abaixo o texto e as fotos enviadas ao blog:
"Desequilíbrio Ecológico: Gambás Invadem Residências no Horto. É o Efeito EMEC?"
"Nos últimos meses as residências vizinhas ao Horto Municipal têm sido visitadas de forma habitual por um “simpático” o gambá é um mamífero marsupial, mas causador de muitos problemas. Os gambás há muito estão incluídos na fauna que habita o Horto Municipal, e eventualmente podiam se aventurar em visitas às residências próximas. No entanto, há vários meses estas visitas se tornaram mais constantes: eles agora podem ser vistos com freqüência percorrendo o muro que separa o Horto das residências da Rua Joaquim Macedo e do Condomínio Bosque das Acácias.
Veja abaixo o texto e as fotos enviadas ao blog:
"Desequilíbrio Ecológico: Gambás Invadem Residências no Horto. É o Efeito EMEC?"
"Nos últimos meses as residências vizinhas ao Horto Municipal têm sido visitadas de forma habitual por um “simpático” o gambá é um mamífero marsupial, mas causador de muitos problemas. Os gambás há muito estão incluídos na fauna que habita o Horto Municipal, e eventualmente podiam se aventurar em visitas às residências próximas. No entanto, há vários meses estas visitas se tornaram mais constantes: eles agora podem ser vistos com freqüência percorrendo o muro que separa o Horto das residências da Rua Joaquim Macedo e do Condomínio Bosque das Acácias.
O problema é que as incursões às residências também se tornaram mais ousadas, pois basta uma porta aberta para amenizar o calor do verão ou mesmo uma janela, para eles se convidarem a entrar em busca de comida. Um barulho suspeito na pia da cozinha pode indicar o nosso amiguinho já está fazendo o seu banquete, que pode ser dos restos da janta, mas também pode ser aquela refeição prontinha para ser saboreada. Mas o nosso amiguinho não é desonesto, pois deixa algo em troca: suas fezes e sua urina na louça. Uma troca justa, pelo menos para ele.
Você pode estar sentado em um almofadão, com um prato de pipoca no piso bem ao lado, e perceber que a porção está sendo saboreada pelo visitante não convidado. Ou então, ao retirar a roupa da máquina de lavar descobrir um gambá afogado e a roupa cheia de pelos e excrementos.
Todos os fatos aqui relatados aconteceram comigo, com uma pequena exceção. Os gambás, que vivem rondando a casa, já defecaram na pia da cozinha, já beliscaram da pipoca na tigela ao lado e, em uma ocasião, encontrei um filhote de gambá que entrou dentro da máquina de lavar, embora a tampa estivesse fechada. Mas, ao contrário do que foi insinuado acima, tudo acabou bem, pois antes de colocar a roupa na máquina, eu vi o intruso. O difícil foi tirá-lo de lá. A foto em anexo mostra o bichinho descansando dentro da máquina. Mas, nem tudo acaba bem, pois, em outra ocasião, durante um final de semana em que eu estava ausente, um filhote ficou retido na varanda da casa e lá mesmo morreu. Os meus vizinhos também devem ter seus relatos.
Mas e a EMEC, o que tem a ver com isto? Bem, esta empresa privada, que se instalou faz alguns meses em terreno dentro do Horto Municipal, com autorização da Prefeitura, devastou a vegetação em cerca de 6 mil metros quadrados. Isto para possibilitar a construção de um enorme galpão para abrigar sua sede operacional em Campos, e fez do restante do terreno uma garagem para abrigar uma frota de quase 20 veículos de grande porte, como caminhões, retroescavadeiras, carros-pipa e ônibus, além de local para deixar manilhas, banheiros químicos e demais entulhos.
Esta devastação da flora, bem como a movimentação diária dos veículos, sem dúvida afetou a ecologia local, destruindo o habitat dos pequenos animais. É um fenômeno já conhecido e que acontece sempre que o equilíbrio ecológico é rompido. Não é a toa que os gambás começaram a buscar alimento nas casas próximas, precisando driblar a vigilância dos pitbulls. Está na hora de lançarmos um S.O.S Gambá. Ou melhor ainda: um S.O.S. Horto, pois a extensão dos danos que a vinda EMEC pode trazer para o Horto ainda está para ser determinada."
PS.: Atualizado às 09:58.
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