Como é fácil de entender e de intuir, nem todos reclamam e choram pela redução do preço do barril de petróleo, enquanto no Norte Fluminense se derramam lágrimas pelas chances desperdiçadas com a economia dos royalties.
A gigante China, hoje, o maior importador do mundo, à frente dos EUA, comemora, ao mesmo tempo, em que constrói mais e mais reservatórios para guardar e fazer estoques desse petróleo barato.
Porém, outro país solta foguetes com essa atual situação: a Espanha que quase nada produz do óleo que consome. Estima-se que a economia da "loteria do petróleo", segundo o jornal espanhol El País, seja de 15 bilhões de euros, o equivalente a 1,5% do seu PIB, caso o preço da commodity se mantenha nos parâmetros atuais.
Junto com o barateamento do gás, importado em grande parte da Rússia, a Espanha reduz sua conta com o déficit externo estimado em mais de 40 bilhões de euros anuais, 4% do PIB, que é o valor gasto com a importação de combustível.
Ainda assim, a situação econômica e de empregos continua tão ruim no sul da Europa que o governo de centro-direita espanhol, sequer consegue melhorar seu nível de popularidade, mesmo com essa ajuda da conjuntura mundial.
Esses fatos servem para mostrar como os interesses entre as nações são conflitantes, embora, os trabalhadores e os mais pobres sejam aqueles que continuam a pagar as contras das "crises".
Quanto ao resto? É sempre, um pouco mais do mesmo.
PS.: Atualizado para pequeno ajuste no texto às 00:02.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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