A Defesa Civil estadual e municipal finalmente começaram a agir diante da erosão do mar no Açu. Porém, o Inea e a Prefeitura precisam ter coragem de questionar e exigir que o Porto do Açu assuma suas responsabilidades diante do que está avançando. Os controladores do empreendimento parecem querer negar o prejuízo maior que terão com as indenizações diante desses impactos que já eram previstos em seus próprios estudos e relatórios de impacto ambiental (EIA/Rima).
Em contato agora à noite com um morador da Praia do Açu ele informou sobre a situação sobre o mar e o litora. Disse que apesar da barreira de areia feita pela prefeitura, o mar bateu com força novamente hoje à tarde.
Ainda, segundo os moradores, a bairreira evitou que, por enquanto, a água chegasse com mais força na rua principal, mas que mesmo assim a água em alguns momentos ultrapassou a barreira e no final do dia, boa parte da barreira de areia já tinha sido diluída pelas ondas do mar.
Os moradores alegam também que a previsão era de a barreira voltasse a ser feita por uma patrol na noite, pois o temor é que haverá, pelo menos, mais duas marés altas, embora agora a tendência é que baixe.
Vejam abaixo as fotos e vídeos mostrando mar e a Praia do Açu nesta sexta-feira que foram enviados por moradores:
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
Os mais de 20 000 core loc que a empresa destruiu bem que poderiam estar sendo utilizados para reduzir esse estrago.
Se a areia retirada pelos navios que dragam o canal for usada para engordar a faixa de praia, a exemplo do que foi feito em Ipanema a alguns anos atrás, se ganharia tempo até decidirem ou não pelo dique quebra mar.
Sim.
Para isso depende que as autoridades deixem de ser lenientes e cobrem para reduzir o impactos que o EIA/Rima previam.
Em minha pesquisas no semestre passado sobre diversos sistemas portuários da Europa, em todos eu vi em ação, ou no histórico dos portos a engorda com areia nas praias vizinhas aos grandes (em alguns casos enormes quebra-mar) instalado na formação de "baías artificiais" para proteção dos terminais de atracação de navios nesses portos. Cheguei a citar aqui como no caso do Porto de Barcelona e Tarragona, engordas feitas por quase 20 meses seguidos.
Em todo o mundo corporações agem igualmente, o que é diverso aqui é a leniência e fragilidade com que as autoridades com poder de regulação agem sem fazer o que lhes é devido e obrigação.
As corporações como no caso da Prumo, do fundo EIG, hoje controlador do empreendimento, sabem que terão que cumprir esta etapa que na verdade é parte da implantação do seu projeto.
Porém, a não cobrança e o tapete vermelho da subserviência acabam por produzir e abrir espaços para pareceres "fajutos" que tenta negar a relação causa-efeito entre a implantação dos quebra-mares e os impactos no Açu.
Continuaremos acompanhando o caso.
Sim.
Para isso depende que as autoridades deixem de ser lenientes e cobrem para reduzir o impactos que o EIA/Rima previam.
Em minha pesquisas no semestre passado sobre diversos sistemas portuários da Europa, em todos eu vi em ação, ou no histórico dos portos a engorda com areia nas praias vizinhas aos grandes (em alguns casos enormes quebra-mar) instalado na formação de "baías artificiais" para proteção dos terminais de atracação de navios nesses portos. Cheguei a citar aqui como no caso do Porto de Barcelona e Tarragona, engordas feitas por quase 20 meses seguidos.
Em todo o mundo corporações agem igualmente, o que é diverso aqui é a leniência e fragilidade com que as autoridades com poder de regulação agem sem fazer o que lhes é devido e obrigação.
As corporações como no caso da Prumo, do fundo EIG, hoje controlador do empreendimento, sabem que terão que cumprir esta etapa que na verdade é parte da implantação do seu projeto.
Porém, a não cobrança e o tapete vermelho da subserviência acabam por produzir e abrir espaços para pareceres "fajutos" que tenta negar a relação causa-efeito entre a implantação dos quebra-mares e os impactos no Açu.
Continuaremos acompanhando o caso.
Ou seja alguém está incorrendo no crime de responsabilidade, basta saber se a comunidade vai quere se espor e provocar uma ação contra o gestor público, ou privado já nem se sabe o que ele é.
Devemos lembrar que o avanço do mar não ocorre somente no Açu, há em uma grande parte do Farol de São Tomé, há em Atafona, há em Guaxindiba e mais a frente em Marataizes. Creio que é muito ponto diferente e bem distante um do outro para culpar somente o quebra mar do Porto do Açu.
Outro ponto a praia do Açu vivia e vive jogada as moscas, antes o ar de abandono era muito pior.
Devemos fazer uma análise sobre os estragos e os benefícios que o porto trouxe para região antes de cravar uma batalha insensata contra o empreendimento.
Professor, os gerentes do porto e os acionistas ficam aqui no seu blog tentando defender de qualquer maneira o porto, pouco ligando para a situação das pessoas.
O avanço do mar por ressaca em outras praias do litoral norte do estado pode ser comum. Só que temos visto, o caso do Açu é muito mais grave e a gente vê que o problema no Açu agora é praticamente todo mês, desde o ano passado quando o quebra-mar do segundo terminal foi espichado pra dentro do mar. De lá para cá qualquer dia de mar bravo maré alta ele avança sobre a praia. O pessoal agora quer tirar o corpo fora.
Não vamos aceitar e exigir na justiça que o porto pague por isso. Só assim vão entender o prejuízo que estão causando.
Infelizmente o interesse do particular está mais uma vez sobrepondo ao interesse coletivo, ou seja, o porto foi instalado por inconsequentes, irresponsáveis e insanos e ainda com o aval dos poderes constituídos causando devastações ambientais jamais vistas na região. Agora a comunidade da Praia do Açu está entregue à própria sorte, desprovida de representantes que possam dar um freio ao causador de mais esse desastre. A justiça está com a venda nos olhos, literalmente, para tudo que vem ocorrendo.
Os representantes dos órgãos ambientais deveriam se envergonhar por estarem a serviço do capital, concedendo licenças para a destruição.
É com grande tristeza que vejo uma comunidade pacífica, ordeira e trabalhadora ter sido enganada com promessas que não se concretizaram e agora vivem sobressaltadas com o avanço do mar, o que não existia antes da instalação desse maldito porto.
Postar um comentário