O
pesquisador Graciano Lourenço Fernandes Junior explicou num artigo científico, apresentado em 2013, no 14º Encontro de Geógrafos da América Latina, realizado no
Peru, que a "Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na era dos Mega Eventos, na cidade do Rio de Janeiro serviam mais à especulação e valorização imobiliária
e ao discurso da nova urbanidade, do que a qualquer outro objetivo
O
caso da desgraça do final de semana com a morte do menino de 10 anos, Eduardo de Jesus, no Morro do Alemão no Rio reacende o debate e parece expor os interesses das classes mais abastardas, no chamado
"circuito superior da economia".
Também parece ficar agora mais evidente que o discurso das UPPs não se viabiliza sem a participação da mídia comercial numa outra ponta. A divulgação do medo é seguido da ideia da “higienização” dos espaços da periferia.
Na sequência articulado com o poder poder político em suas três esferas, a mídia completa o triângulo de interesses que vai se mostrando inócuo e excludente, porque se constitui quase exclusivamente com a força policial, como se viu na fala do governador Pezão.
Reconhecer esta lamentável realidade, apesar de alguns esforços em sentido contrário, deveria ser o primeiro passo para retomar a luta por uma cidade justa e para todos.
2 comentários:
roberto,não vou comentar sobre esse assunto,mas gostaria de dizer algo que fiquei,de baca aberta,quando vi,passando pela a placa,da obra da ponte que ligará são joão da barra á são francisco, percebi que o governo do rio repassou a obra para o governo federal,gostaria que vc aprofunda-se nesse assunta e comenta-se sobre esse assunto fica aí a dica.
Pois é caro amigo, sabe aquela impressão ruim de que esta merda não tem jeito?
Então, ela se soma aquela de que prega-se no deserto.
Os interesses mercantis-imobiliários e as compras governamentais que advêm da militarização do combate ao varejo do tráfico calam qualquer argumento ou bom senso.
A entrevista sofrível do governador (hoje de manhã no Bom Dia PIG Brasil) repetindo os lugares comuns sobre aumento de contingente e "treinamento" dos militares (policiais) é de fazer corar frade de pedra.
Hoje a noite, o Jornal PIG Nacional mostra um promotora questionando o abandono das UPP.
Depois mostram os números de decréscimo de crimes como resultado direto da UPP...
Uma irresponsabilidade: Qualquer idiota sabe que o crime, ou os crimes, têm múltiplas causas e múltiplos efeitos...
Eis o mote: mais e mais dinheiro para jogar pelo ralo, mais e mais compras governamentais...
Cansa, meu amigo, cansa...
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