É nessa toada que li uma boa matéria no caderno Eu & Fim de Semana do Valor cujo título é “Ecos do 7 a 1 – Derrota histórica do Brasil permanece como pano de fundo das transformações em gestação no Brasil” elaborada pelo jornalista Patrick Cruz. A matéria aliás, mostra como ainda é possível, elaborar boas reportagens, em meio ao pastelão de negócios da mídia comercial.
A matéria na íntegra está aqui, mas, infelizmente só acessível para assinantes. Ela traz inúmeras estatísticas e comparações do negócio futebol mundo afora com o Brasil. Ouve e dá destaque à boa turma do “Bom Senso F.C.”. Entre as falas há um destaque para mostrar como “o futebol é o próprio paraíso fiscal” e a necessidade da transparência na gestão das federações e confederação.
Entre os números mostrou-se que atualmente, o país teria 684 clubes de futebol, sendo que 583 vivem sem calendário anual. Diz ainda que na média os clubes grandes jogarão 85 vezes no ano, enquanto que os pequenos, na média apenas 15 vezes, quase sempre nos quatro meses destinados aos campeonatos locais ou regionais. Enquanto, a média de salário anual de um jogador da Série A do Brasileiro é R$ 2,4 milhões, o salário máximo de 82% dos jogadores de futebol do país é de R$ 1,5 mil por mês.
A despeito dos 7 a 1, chorado até pelo bloco de carnaval do Rio esse ano, “o Barbas”, o Brasil segue sendo disparado a origem mais significativa da exportação de jogadores: 566 em 2010; 746 em 2013 e 689 em 2014.
Ainda assim, o que mais me chamou a atenção é o pouco caso com a base, apesar das exportações crescentes, mas a míngua dos pequenos (e prestes a falir e fechar completamente) clubes no futebol brasileiro. Nessa linha se estima que os “20 mil jogadores que só têm atividade nos primeiros quatro meses do ano” buscarão outras atividades profissionais no restante do ano até porque 0% estarão com salários atrasados.
Assim, dificilmente esse fluxo gerado pelos sonhos continuará a acontecer, atraindo a atenção dos jovens que hoje passam a conhecer mais que antes, essa dura realidade que expõe mazelas bem maiores que o já vexaminoso 7 a 1. Mais um caso que parece ir diluindo as nossas identidades.
Assim, usando a expressão do sociólogo polonês Bauman, será que poderíamos dizer que tudo isso parte das muitas consequências dos tempos líquidos da contemporaneidade? Gooooooolllllll!
A matéria na íntegra está aqui, mas, infelizmente só acessível para assinantes. Ela traz inúmeras estatísticas e comparações do negócio futebol mundo afora com o Brasil. Ouve e dá destaque à boa turma do “Bom Senso F.C.”. Entre as falas há um destaque para mostrar como “o futebol é o próprio paraíso fiscal” e a necessidade da transparência na gestão das federações e confederação.
Entre os números mostrou-se que atualmente, o país teria 684 clubes de futebol, sendo que 583 vivem sem calendário anual. Diz ainda que na média os clubes grandes jogarão 85 vezes no ano, enquanto que os pequenos, na média apenas 15 vezes, quase sempre nos quatro meses destinados aos campeonatos locais ou regionais. Enquanto, a média de salário anual de um jogador da Série A do Brasileiro é R$ 2,4 milhões, o salário máximo de 82% dos jogadores de futebol do país é de R$ 1,5 mil por mês.
A despeito dos 7 a 1, chorado até pelo bloco de carnaval do Rio esse ano, “o Barbas”, o Brasil segue sendo disparado a origem mais significativa da exportação de jogadores: 566 em 2010; 746 em 2013 e 689 em 2014.
Ainda assim, o que mais me chamou a atenção é o pouco caso com a base, apesar das exportações crescentes, mas a míngua dos pequenos (e prestes a falir e fechar completamente) clubes no futebol brasileiro. Nessa linha se estima que os “20 mil jogadores que só têm atividade nos primeiros quatro meses do ano” buscarão outras atividades profissionais no restante do ano até porque 0% estarão com salários atrasados.
Assim, dificilmente esse fluxo gerado pelos sonhos continuará a acontecer, atraindo a atenção dos jovens que hoje passam a conhecer mais que antes, essa dura realidade que expõe mazelas bem maiores que o já vexaminoso 7 a 1. Mais um caso que parece ir diluindo as nossas identidades.
Assim, usando a expressão do sociólogo polonês Bauman, será que poderíamos dizer que tudo isso parte das muitas consequências dos tempos líquidos da contemporaneidade? Gooooooolllllll!
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