A rádio CBN esteve na região na última semana apurando alguns fatos e problemas sobre a implantação do Porto do Açu. A matéria em áudio, também produziu um breve vídeo exposto no portal da rádio. Clique aqui e ouça o áudio.
O áudio é mais amplo com 5 minutos. A matéria preferiu tratar mais e ouvir pessoas que vieram trabalhar no Açu e estão desempregadas, ou pequenos empresários locais, que se sentem alijados da dinâmica econômica que envolve o empreendimento.
Apenas 10% da área do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), estão ocupadas: restante ainda não foi contratado por empresas interessadas.
Por opção de pauta e edição da reportagem, os problemas referentes aos impactos sociais e ambientais, como as desapropriações dos pequenos produtores rurais, a salinização do solo e da água da região do entorno da área do porto, assim como a erosão e a invasão da água do mar na Praia de Barra do Açu não foi citada.
Ainda assim, o vídeo dá realce a um dado relevante de que "apenas 10% do Porto do Açu estão ocupadas: restante ainda não foi contratado por empresas
interessadas". Essa área total inclui o Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB), o que reforça o questionamento sobre a necessidade de tanta área a ser desapropriada, diante da realidade atual.
No relatório da Administração da Prumo de 2014, a empresa diz possuir uma retroárea de 130 km², ou 13.000 hectares, e informa que apenas 4,4 km² ou 441 hectares "estão locados". Ou seja, apenas 3,4% e não os 1% citado na matéria de CBN
porto do açu.wma
Colapso de Eike Batista afeta obras do Porto do Açu"
"Há oito anos, empreendimento projetava ganhos aos comerciantes e trabalhadores no RJ".
PS.: Atualizado às 00:12 de 19/04/2015: Para acrescentar informação sobre área utilizada junto ao Porto do Açu, segundo relatório de 2014 da Prumo.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
A área dela mesma é bem menor, tirando o pessoal que elas (PRUMO, LLX, CODIN) não pagaram, mais centenas de terrenos de proprietários que não receberam um centavo também, a área é menor.
Mas com tudo isso, como pode a justiça, o Ministério Público, os políticos e demais interessados até hoje admitirem que uma empresa estrangeira de capital aberto tome conta de quase 1/3 de um município sem que nada seja feito nessas áreas e especularem Deus sabe por quantas décadas sem si quer pagarem aos proprietários? Isso é um verdadeiro absurdo e inadmissível.
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