sábado, abril 18, 2015

CBN faz matéria sobre os problemas da implantação do Porto do Açu

A rádio CBN esteve na região na última semana apurando alguns fatos e problemas sobre a implantação do Porto do Açu. A matéria em áudio, também produziu um breve vídeo exposto no portal da rádio. Clique aqui e ouça o áudio.

O áudio é mais amplo com 5 minutos. A matéria preferiu tratar mais e ouvir pessoas que vieram trabalhar no Açu e estão desempregadas, ou pequenos empresários locais, que se sentem alijados da dinâmica econômica que envolve o empreendimento.

Apenas 10% da área do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), estão ocupadas: restante ainda não foi contratado por empresas interessadas.

Por opção de pauta e edição da reportagem, os problemas referentes aos impactos sociais e ambientais, como as desapropriações dos pequenos produtores rurais, a salinização do solo e da água da região do entorno da área do porto, assim como a erosão e a invasão da água do mar na Praia de Barra do Açu não foi citada.

Ainda assim, o vídeo dá realce a um dado relevante de que "apenas 10% do Porto do Açu estão ocupadas: restante ainda não foi contratado por empresas interessadas". Essa área total inclui o Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB), o que reforça o questionamento sobre a necessidade de tanta área a ser desapropriada, diante da realidade atual.

No relatório da Administração da Prumo de 2014, a empresa diz possuir uma retroárea de 130 km², ou 13.000 hectares, e informa que apenas 4,4 km² ou 441 hectares "estão locados". Ou seja, apenas 3,4% e não os 1% citado na matéria de CBN

porto do açu.wma

Colapso de Eike Batista afeta obras do Porto do Açu"
"Há oito anos, empreendimento projetava ganhos aos comerciantes e trabalhadores no RJ".



PS.: Atualizado às 00:12 de 19/04/2015: Para acrescentar informação sobre área utilizada junto ao Porto do Açu, segundo relatório de 2014 da Prumo.

Um comentário:

Anônimo disse...

A área dela mesma é bem menor, tirando o pessoal que elas (PRUMO, LLX, CODIN) não pagaram, mais centenas de terrenos de proprietários que não receberam um centavo também, a área é menor.

Mas com tudo isso, como pode a justiça, o Ministério Público, os políticos e demais interessados até hoje admitirem que uma empresa estrangeira de capital aberto tome conta de quase 1/3 de um município sem que nada seja feito nessas áreas e especularem Deus sabe por quantas décadas sem si quer pagarem aos proprietários? Isso é um verdadeiro absurdo e inadmissível.