Contra ações semelhantes a da invasão da NSA pelos governos dos EUA nas comunicações brasileiras, em esquemas de espionagem de e-mails, telefones e outros, denunciados por Edward Snowden, a China instalou um “grande canhão” de controle.
Os oposicionistas chamam a medida de “cibermuralha” (em referência às muralhas físicas da China) e acusa o governo chinês de criar obstáculos para a navegação. Eles afirmam que a medida do governo visa bloquear sites com conteúdos que não interessariam ao governo chinês.
Por outro lado, o governo chinês acusa a corporação Google, entre outras, de recusarem e não quererem cumprir a lei local, fornecendo informações privadas de seus usuários, enquanto todas as empresas chinesas atenderiam as exigências, criando condições desiguais de concorrência em meio à economia cada vez mais globalizada.
Empresários privados chineses, expatriados e pesquisadores estariam pagando por condições para “saltar a “cibermuralha”.
Alguns analistas identificam nas duas ações (EUA-China) como a do marco inicial da “primeira guerra no “ciber espaço”, ou "cibe war".
Nesta guerra cibernética, as armas seriam vírus poderosíssimos, piratas e espiões virtuais com notebooks e smarphones em punho. Eles atacariam e defenderiam os sistemas das nações, ou das corporações, já que nesse cenário, similar à do filme Matrix, a concepção abstrata de nações, já poderá ter sido substituída, pelo poder direto das corporações, que abandonariam a mediação da política e do poder dos estados nacionais.
Entre a ficção e o mundo físico real, deste com a vida digital (virtual), a realidade e sua leitura enquanto fenômeno, surge um novas provocações para a humanidade fugir da barbárie, na busca de novas institucionalidades políticas e jurídicas para dar conta do desafio civilizatório contemporâneo. A conferir!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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