O blog junto com alguns colaboradores destacou quinze pontos para ajudar a que a comunidade tenha uma visão da realidade atual da empresa e daquilo que a mesma projeta para a frente.
Observando as informações é perceptível que há uma preocupação com as dívidas, especialmente de curto prazo. O valor previsto para investimento para o que a empresa chama de conclusão do primeiro ciclo é de R$ 1 bilhão, valor que é menos da metade do que foi investido em 2014.
Em 2014 o investimento chegou a cerca de R$ 2,5 bi (R$ 1,6 bilhão + R$ 814 milhões - veja em quais ações nos itens 11 e 12 abaixo). Segundo as informações da empresa até aqui o valor investido na implantação do Porto do Açu chega a um total de R$ 7,6 bilhões.
Observa-se que aos poucos a Prumo Logística Global S.A. está passando a se constituir numa espécie de nova holding (grupo), num movimento semelhante, ao da MPX que iniciou o projeto do Porto do Açu e depois deu vazão à criação das várias empresas (MMX, LLX, depois OGX, OSX, etc) e à implantação do grupo (holding EBX). Hoje, o movimento da Prumo é similar e ela seria a cabeça da holding (ou grupo) e a FerroPort (joint-venture com a Anglo American S.A.), o Porto do Açu, a outra joint-venture com a empresa de petróleo BP que montou um ponto de abastecimento de combustíveis para embarcações no Porto do Açu. Assim, fica claro no relatório de 2014 - proposta para 2015, que a Prumo busca outras negociações desse tipo, inclusive da área de terra que era alugada à OSX para montagem do estaleiro (UCN) pra constituir novas joint-ventures.
Outro destaque que vale ser observado é sobre o número de empregos na região. Com a redução dos investimentos da Prumo e uma desaceleração da construção, o número de empregos que hoje se situa em torno dos 6,5 mil, deve ser reduzido.
Mesmo que algumas empresas ligadas ao setor offshore possam vir a se instalar junto ao Porto do Açu, se aproveitando da ligação com o mar e da sua localização, por exemplo, em serviços de montagem de indústria naval, como o Consórcio Integra (OSX + Mendes Júnior), o freio que o setor sofre, deve na melhor das condições manter o número de empregos.
Esse fato se relaciona com o cenário de lentidão da economia nacional esse ano. Tudo isso, acontece embora, o blog avalie, como já afirmou aqui por diversas vezes, que o projeto do Porto do Açu, pode, contraditoriamente ganhar alguma centralidade, com a crise do preço das commodities.
Essa situação decorre do fato de sua atual condição em que se vê a sua construção mais avançada, saindo em vantagem, contra outros projetos portuários (ERJ e ES), especialmente, nas atividade de apoio à exploração offshore.
Um outro ponto que o blog quer chamar a atenção no documento da Prumo é sobre a área que a empresa diz dispor de 130.000 hectares, ou 130 Km², sendo que apenas 440 hectares, ou 3,4% de toda a área estão ocupados e/ou locadas. Essa área informada pela empresa é equivalente a quase 1/3 de toda a superfície do município de São João da Bara que possui uma área de 458 Km².
A extensão da área de 130 Km² é quase 50% maior do que aquela que a empresa sempre vendeu como marketing de 90 km². Mais que isso, toda essa extensão mostra que mais que uma empresa de logística, a Prumo, se transformou na prática, uma espécie de uma grande imobiliária, como proprietária de terras.
A Prumo acabou se transformando, na prática em uma grande empresa imobiliária. Imobiliária sob a condição obtida com a desapropriação de pequenos produtores rurais. Uma reforma agrária, às avessas promovida pelo governo do estado, por intermédio da Codin.
Assim, a Prumo na prática, transformou pequenos lotes, num latifúndio que hoje passou a ser controlado por um banco americano, o fundo EIG. As desapropriações na quantidade que foi e no que pretende ainda realizar, teve como objetivo a instalação de um distrito industrial que até hoje não aconteceu.
As siderúrgicas, cimenteiras e usinas termelétricas foram todas suspensas e nada justificaria tamanha extensão de terras desapropriadas. Esse fato fica evidente na leitura do relatório de administração de 2014 e proposta de 2015 da Prumo, analisada pelo blog.
Este novo relatório da Prumo mostra que as duas siderúrgicas que justificariam o distrito industrial já passaram todos os registros de propriedade para a Prumo e não para a Codim, empresa de economia mista controlada pelo estado e responsável pelas desapropriações.
A constituição do DISJB se deu em ato de profunda abstração jurídica. Nele, o governo do estado que havia, por decreto passado as atribuições de desembaraço das desapropriações feitas por outro decreto, para a responsabilidade da Codin.
O mais questionável é que se tenha autorizado que a Codin também vendesse à LLX (atual Prumo) as terras a ser desapropriadas, para os quais ela (a Codin) não tinha dinheiro para pagar. Sem ter a posse e nem o registro das terras, a Codin pediu o parcelamento dos lotes para o DISJB em terras que não eram suas, para em seguida repassar à LLX para que essa pudesse realizar as benfeitorias para o distrito industrial.
O resultado disso é esse que vemos as casas tombadas, as terras vazias e cercadas pela Prumo, transformando toda aquela área, num grande latifúndio, com as terras revalorizadas, num esquema especulativo, típico de negócio imobiliário.
Porto do Açu - Terminal 2 em primeiro plano, e Terminal 1 ao fundo |
Abaixo o blog então lista os quinze pontos destacados do documento da Administração da Prumo 2014/2015. Os grifos em destaque são do blog:
1) A Prumo teve em 2014, um prejuízo de R$ 47,6 milhões;
2) Em 31 de dezembro de 2014, a Prumo apresentou receita líquida de R$144,5 milhões (R$56 milhões em 2013 e R$68,7 em 2012),
2) No fechamento de 2014, a Prumo afirma que a conclusão das obras em andamento para implementação do plano de negócios dependerá do suporte financeiro dos acionistas e/ou recursos de terceiros até que a Companhia, suas controladas e controladas em conjunto gerem caixa suficiente para a manutenção de suas atividades. Essas condições, conforme descrito na referida nota explicativa, indicam a existência de incerteza que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia.
3) A Prumo define que a estratégia de curto prazo da Companhia visa:
(i) negociação com os bancos credores para alongamento do perfil de nossa dívida;
(ii) renegociação e revalidação da carta de enquadramento junto ao BNDES, no valor de R$ 2,8 bilhões;
(iii) adicionalmente, a administração da Prumo está estudando outras formas de obtenção de recursos para conclusão de suas obras e implementação do plano de negócios.
4) Em resumo o Porto do Açu possui empréstimos junto ao BNDES no montante principal de R$2,3 bilhões, com vencimentos em 15 de outubro de 2015 e 15 de setembro de 2016 e debêntures emitidas em 2012, no valor principal de R$750 milhões, com amortizações anuais, pelo prazo de 15 anos, incluindo 3 anos de carência de juros e principal. Os empréstimos do BNDES possuem Fiança Bancária do Bradesco e Santander, R$ 1,3 bilhão e R$ 1,0 bilhão, respectivamente.
6) Deverá ser respeitada a seguinte alocação com os recursos do empréstimo: os recursos são destinado às obras civis relativas ao aterro hidráulico, dragagem, e construção do quebra-mar para o terminal denominado T1; aos investimentos sob sua responsabilidade relativos à dragagem do canal interno, do canal de acesso e quebra-mar do terminal T2 no Complexo Portuário do Açu; e demais investimentos iniciais relativos ao projeto de implantação do Porto do Açu Não Minério, localizado no Município de São João da Barra, Estado do Rio de Janeiro, dedicado à movimentação de carvão mineral, petróleo e cargas gerais (ferro-gusa, escória, granito, etc) e às necessidades de logística e suprimentos das atividades de logística e suprimentos das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Bacia de Campos, e a implantação da infraestrutura básica do Complexo Industrial e Portuário do Açu. (Aqui se observa que a Prumo não fala mais em DISJB e sim num complexo como se fosse dela a partir da assunção da propriedade das terras e de sua efetiva posse)
7) Na página 19 do documento consta a informação: "O Porto do Açu possui 13.000 hectares, sendo 441 hectares de áreas já locadas. Inclui-se ainda, no segmento de Administração de Retroárea, o canal do T2, em cujas margens estão se instalando empresas do segmento de Óleo e Gás."
8) Sobre a estrutura portuária: É formado pelos dois terminais portuários, denominados T1 e T2. O terminal T1 movimentará minério de ferro, havendo expectativa de movimentar petróleo. Sua ponte totaliza três quilômetros de extensão, permitindo a atracação de navios de grande capacidade. A profundidade deste terminal poderá atingir 25 metros. Pelo terminal T2, composto por pátio logístico de 212 hectares, deverão ser movimentados produtos metalúrgicos, ferro-gusa, escória, rochas ornamentais, petróleo e carvão mineral.
9) Histórico do controle acionário da Prumo (ex-LLX):
Em agosto de 2012 a empresa Porto do Açu adquiriu 9.073.064 ações ordinárias equivalentes a 48,75% da participação na G3X, passando a deter 99,75% do capital social da empresa.
A partir de 10 de Outubro de 2013, a EIG assumiu o controle majoritário da Prumo e efetuou aporte de capital através da emissão de 1.083.333.334 novas ações ordinárias nominativas escriturais sem valor nominal, passando a deter 52,82% de participação na Prumo com isso a participação do Sr. Eike Fuhrken Batista reduziu para 20,89%.
Ainda como parte do Acordo, em 14 de outubro de 2013, a Companhia adquiriu a participação de 30% na Porto do Açu, detida até então indiretamente pelo antigo acionista controlador, mediante pagamento de R$1,00 (um real). Na mesma data, também foi transferida mediante pagamento de R$1,00 (um real), para a Prumo a participação de 50%, anteriormente detida pela EBX Holding Ltda., na NFX Combustíveis Marítimos Ltda. (“NFX”), controlada em conjunto com o Grupo BP Britannic Strategies Limited.
Em 12 de novembro de 2013, a Prumo adquiriu a participação de 30% na LLX Brasil, detida até então indiretamente pelo antigo acionista controlador, também mediante pagamento de R$1,00 (um real). Essas transferências foram contabilizadas, em outubro e novembro de 2013, como um aumento nos investimentos na controladora Prumo no valor de R$66.406, em contrapartida ao patrimônio líquido – reservas de capital, uma vez que, em essência, foram aportes de capital efetuados pelo antigo acionista controlador. Esse montante representa os valores contábeis das referidas participações aportadas.
Em 09 de janeiro de 2014, conforme previsto contratualmente, a Ternium Brasil S.A., controladora da SNF até então, transferiu integralmente sua participação à Porto Açu. No momento da aquisição da SNF, o crédito de R$40.136 que a Companhia tinha com a Ternium do Brasil S.A. foi liquidado com o saldo a pagar pela investida, e seus ativos adquiridos com este recurso foram reclassificados para propriedades para investimento. Dessa forma, a área ocupada pela SNF foi agregada à retroárea disponível para aluguel a terceiros a partir de 2014.
Em 30 de dezembro de 2014, a EIG subscreveu e integralizou o valor de R$650.000, com emissão de 1.000.000 de novas ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal e comunicou sobre a rescisão do acordo de Acionistas celebrado entre EIG, Sr. Eike Fuhrken Batista e a Centennial Asset Mining Fund LLC, conforme facultado no próprio acordo o direito da EIG, a seu exclusivo critério, rescindir o acordo caso a participação acionária de Sr. Eike Batista, direta ou indiretamente, passasse a ser menos de 10% das ações ordinárias de emissão da Companhia.
Foi divulgado em 18 de novembro de 2013, através do comunicado ao mercado, que Sr. Eike Batista, por meio de investidas, transferiu 9,29% de sua participação na Prumo à Mubadala, e a não subscrição neste aumento de capital ocorrido em dezembro de 2014.
10) Investimentos previstos:
Localizado no município de São João da Barra, norte do estado do Rio de Janeiro, o Porto do Açu, empreendimento da Prumo, é um Terminal de Uso Privado composto por 2 Terminais (T1 e T2) e um Complexo Industrial com uma área de aproximadamente 9.000 hectares. Além disso, há uma Área de Especial Interesse Ambiental com 4.000 hectares adjacentes ao Complexo.
A LLX Minas-Rio possui uma estrutura onshore de 300 ha para processar, movimentar e armazenar minério de ferro, além da estrutura offshore formada por ponte de acesso, canal de acesso, quebra-mar e até quatro berços para carregamento de minério de ferro. O Terminal T1, que tem 18,5 metros de profundidade e está, atualmente, sendo dragado para 20,5 metros e poderá, posteriormente, atingir até 23 metros, possuirá 5 berços para descarga de petróleo e 4 para minério de ferro.
O Terminal T2 será especializado na descarga de cargas sólidas como: bauxita, carvão, granito, veículos, carga geral e carga de projeto, além disso, também poderá movimentar cargas liquidas como: petróleo e seus derivados. O T2 possui um canal interno de 6,5 km de extensão, 300 metros de largura e profundidade variando de 14,5 metros a 10 metros, com capacidade para receber até 47 embarcações. Em função da sua localização próxima as bacias de Campos, Santos e Espírito Santo, o Porto do Açu está estrategicamente posicionado para realizar consolidação e tratamento de petróleo, servir de base de apoio para as operações offshore de E&P e receber um pólo metal-mecânico dedicado a indústria de Petróleo e Gás. A construção do Porto do Açu foi iniciada no final de 2007.
11) Durante o ano de 2014, foram investidos R$ 814,5 milhões no projeto do terminal de minério de ferro distribuídos da seguinte maneira:
- R$ 527,9 milhões foram utilizados na construção do quebra-mar conforme contrato celebrado com a empresa espanhola FCC Construccion;
- R$ 282,3 milhões foram investidos em gestão fundiária, meio ambiente e segurança patrimonial, gerenciamento do projeto, administração própria, pátio de estocagem, dragagem e adiantamentos;
- R$ 4,3 milhões investidos na Linha de Transmissão e
- R$ 124 milhões foram juros capitalizados.
12) Em 2014, a Porto do Açu Operações S.A. investiu R$ 1,66 bilhão na construção do Porto do Açu, incluindo juros capitalizados de R$ 251,2 milhões. As principais atividades relacionadas aos investimentos realizados no ano estão descritas abaixo.
- R$ 682,6 milhões no quebra-mar
- R$ 180,3 milhões referentes à dragagem do canal
- R$ 126,7 milhões em estacas-prancha para a construção do cais
- R$ 12,2 milhões no T-MULT e outros
- R$ 166,7 milhões na construção do quebra-mar do T1
- R$ 77,0 milhões em gestão fundiária e aquisição de terrenos
- R$ 36,9 milhões em projetos de engenharia e gerenciamento de obras
- R$ 33,0 milhões com despesas administrativas capitalizadas incluindo pessoal e segurança patrimonial
- R$ 22,6 milhões na implantação da Linha de Transmissão de 345 kV, que conectará o Porto ao Sistema Interligado Nacional
- R$ 13,6 milhões em pavimentação e manutenção de vias
- R$ 8 milhões em sustentabilidade e (apenas?)
- R$ 15,5 milhões com gastos no controle operacional e outros gastos.
13) Para o ano de 2015 a Companhia pretende investir R$ 1 bilhão na finalização da etapa atual de seus investimentos, com a conclusão das principais frentes de obras civis e a preparação para uma nova fase de investimentos. O novo ciclo de investimentos compreenderá, principalmente, o desenvolvimento no Porto do Açu de novos terminais para movimentação de petróleo, cargas de projeto e granéis sólidos, além da expansão da infraestrutura básica no Distrito Industrial para atendimento a novos clientes.
14) Por fim, a Prumo informou que encontra-se em negociação com os seus atuais credores para o alongamento do seu passivo de curto prazo e incremento do seu endividamento. Ademais, a Companhia poderá obter outras linhas de financiamento e atrair novas parcerias, similares às existentes com BP e Anglo American, para o desenvolvimento das suas unidades de negócio.
15) Além disso, informou que, em 24 de julho de 2014, a Companhia deliberou e formalizou a sua decisão de não prosseguir os investimentos no projeto do Porto Brasil, localizado no município de Peruíbe no Estado de São Paulo, de sua controlada LLX Brasil Operações Portuárias S.A. (“LLX Brasil”), bem como distratou o instrumento contratual e seus aditivos.
PS.: Atualizado às 14:58: Para breve acréscimo no texto da primeira parte da nota.
Atualizado às 14:00 de 21/04/2015: Para acrescentar abaixo o comentário de um morador - que preferiu não se identificar, por razões compreensíveis - feito nos comentários e que trazemos para esse espaço:
"Muito interessante trazer a público tais informações, resumindo os assuntos principais.
A parte mais relevante e que deveria incomodar as autoridades e justiça Estadual é o fato de 1/3 do município de SJB está servindo de especulação para uma empresa estrangeira, onde centenas de pequenos agricultores foram desapropriados com a desculpa de “desenvolvimento” para a região, o único, até então grande latifúndio da área, do Sr. Ari Pessanha não foi desapropriado, mas sim vendeu a preços não divulgados antes mesmo da dita desapropriação. Se o Estado/Prumo (ex-LLX) tivesse pago a todos os desapropriados, possivelmente os mesmos não conseguiriam comprar as mesmas áreas dentro do próprio município, simplesmente porque não há propriedades para comprar nessa mesma dimensão.
E ai Sra. Justiça que não distingue ninguém, até quando essa venda ficará em seus olhos? Vamos terminar os processos que estão em curso e estão parados na comarca de SJB? Infelizmente nossos políticos não tem vergonha, só lembram-se do povo na hora do voto, então deles não tem o que esperar!
Os demais dados mostram que 2015 não será um ano fácil, mas tenho certeza que a empresa consegue driblar esses grandes obstáculos, diferentemente da população do Açu que cada vez mais se preocupa com mais uma desapropriação que está por vir causada pelo empreendimento, mas com desculpa de fenômeno natural. A erosão prevista no RIMA e vista a olho nu é uma realidade onde até agora a prefeitura se mantém ao lado do empreendimento construindo morros de areia (até quando ninguém sabe) e a companhia que dizia não virar as costas para os vizinhos que emprestaram o nome da localidade para o empreendimento si quer tem uma portaria aberta na localidade para os trabalhadores que ali moram, fazendo com que os poucos trabalhadores que residem no Açu sejam obrigados a darem uma volta de mais de 30 km para trabalharem ao lado de suas casas.
Omissão? Caso pensado? Falta de governança? Com os R$ 8 milhões investidos em sustentabilidade, ZERO investimento do poder público em infraestrutura e pouco investido em qualificação profissional, o que quero saber é quando o Açu será beneficiado? Já chega das migalhas não? Quase que 100% da população não são contra o empreendimento, mas não é a favor de além de não ser beneficiada pelo mesmo acabar sendo a que mais sofre com a parte negativa (sim, tudo na vida tem seu lado bom e ruim, apesar de autoridades, os empreendedores e afins acham que tudo está a mil maravilhas).
Morador."
PS.: Atualizado às 14:58: Para breve acréscimo no texto da primeira parte da nota.
Atualizado às 14:00 de 21/04/2015: Para acrescentar abaixo o comentário de um morador - que preferiu não se identificar, por razões compreensíveis - feito nos comentários e que trazemos para esse espaço:
"Muito interessante trazer a público tais informações, resumindo os assuntos principais.
A parte mais relevante e que deveria incomodar as autoridades e justiça Estadual é o fato de 1/3 do município de SJB está servindo de especulação para uma empresa estrangeira, onde centenas de pequenos agricultores foram desapropriados com a desculpa de “desenvolvimento” para a região, o único, até então grande latifúndio da área, do Sr. Ari Pessanha não foi desapropriado, mas sim vendeu a preços não divulgados antes mesmo da dita desapropriação. Se o Estado/Prumo (ex-LLX) tivesse pago a todos os desapropriados, possivelmente os mesmos não conseguiriam comprar as mesmas áreas dentro do próprio município, simplesmente porque não há propriedades para comprar nessa mesma dimensão.
E ai Sra. Justiça que não distingue ninguém, até quando essa venda ficará em seus olhos? Vamos terminar os processos que estão em curso e estão parados na comarca de SJB? Infelizmente nossos políticos não tem vergonha, só lembram-se do povo na hora do voto, então deles não tem o que esperar!
Os demais dados mostram que 2015 não será um ano fácil, mas tenho certeza que a empresa consegue driblar esses grandes obstáculos, diferentemente da população do Açu que cada vez mais se preocupa com mais uma desapropriação que está por vir causada pelo empreendimento, mas com desculpa de fenômeno natural. A erosão prevista no RIMA e vista a olho nu é uma realidade onde até agora a prefeitura se mantém ao lado do empreendimento construindo morros de areia (até quando ninguém sabe) e a companhia que dizia não virar as costas para os vizinhos que emprestaram o nome da localidade para o empreendimento si quer tem uma portaria aberta na localidade para os trabalhadores que ali moram, fazendo com que os poucos trabalhadores que residem no Açu sejam obrigados a darem uma volta de mais de 30 km para trabalharem ao lado de suas casas.
Omissão? Caso pensado? Falta de governança? Com os R$ 8 milhões investidos em sustentabilidade, ZERO investimento do poder público em infraestrutura e pouco investido em qualificação profissional, o que quero saber é quando o Açu será beneficiado? Já chega das migalhas não? Quase que 100% da população não são contra o empreendimento, mas não é a favor de além de não ser beneficiada pelo mesmo acabar sendo a que mais sofre com a parte negativa (sim, tudo na vida tem seu lado bom e ruim, apesar de autoridades, os empreendedores e afins acham que tudo está a mil maravilhas).
Morador."
3 comentários:
Muito interessante trazer a público tais informações, resumindo os assuntos principais.
A parte mais relevante e que deveria incomodar as autoridades e justiça Estadual é o fato de 1/3 do município de SJB está servindo de especulação para uma empresa estrangeira, onde centenas de pequenos agricultores foram desapropriados com a desculpa de “desenvolvimento” para a região, o único, até então grande latifúndio da área, do Sr. Ari Pessanha não foi desapropriado, mas sim vendeu a preços não divulgados antes mesmo da dita desapropriação. Se o Estado/Prumo (ex-LLX) tivesse pago a todos os desapropriados, possivelmente os mesmos não conseguiriam comprar as mesmas áreas dentro do próprio município, simplesmente porque não há propriedades para comprar nessa mesma dimensão.
E ai Sra. Justiça que não distingue ninguém, até quando essa venda ficará em seus olhos? Vamos terminar os processos que estão em curso e estão parados na comarca de SJB? Infelizmente nossos políticos não tem vergonha, só lembram-se do povo na hora do voto, então deles não tem o que esperar!
Os demais dados mostram que 2015 não será um ano fácil, mas tenho certeza que a empresa consegue driblar esses grandes obstáculos, diferentemente da população do Açu que cada vez mais se preocupa com mais uma desapropriação que está por vir causada pelo empreendimento, mas com desculpa de fenômeno natural. A erosão prevista no RIMA e vista a olho nu é uma realidade onde até agora a prefeitura se mantém ao lado do empreendimento construindo morros de areia (até quando ninguém sabe) e a companhia que dizia não virar as costas para os vizinhos que emprestaram o nome da localidade para o empreendimento si quer tem uma portaria aberta na localidade para os trabalhadores que ali moram, fazendo com que os poucos trabalhadores que residem no Açu sejam obrigados a darem uma volta de mais de 30 km para trabalharem ao lado de suas casas.
Omissão? Caso pensado? Falta de governança? Com os R$ 8 milhões investidos em sustentabilidade, ZERO investimento do poder público em infraestrutura e pouco investido em qualificação profissional, o que quero saber é quando o Açu será beneficiado? Já chega das migalhas não? Quase que 100% da população não são contra o empreendimento, mas não é a favor de além de não ser beneficiada pelo mesmo acabar sendo a que mais sofre com a parte negativa (sim, tudo na vida tem seu lado bom e ruim, apesar de autoridades, os empreendedores e afins acham que tudo está a mil maravilhas).
Morador
Caro colega, onde busca estas informações, pois não às acho no RI do site da empresa e tenho interesse em acompanhar detalhadamente.
Caro Felipe,
Está no RI da empresa nos documentos que ela entrega lista de documentos entregues à CVM.
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