quarta-feira, abril 29, 2015

Quem ganha e quem perder com o petróleo barato na geopolítica mundial da energia?

Já tratamos desse tema aqui mostrando como o barril de petróleo mais barato ajuda a algumas nações ricas e atrapalha outras nações e continentes. Numa análise mais por regiões esse gráfico da Bloomberg reproduzida pelo Valor, nos dá uma boa ideia desse movimento da geopolítica da energia a nível mundial:


Pelo cálculos de vencedores e perdedores da Bloomberg, os EUA, Europa e Ásia recebem um "estímulo" a mais de cerca de US$ 900 bilhões. Enquanto isso, o Oriente Médio e a Rússia, junto com a América Latina e África pagam essa conta.

O FMI estima que a queda dos preços do combustível pode estar movimentando mais a economia mundial, com a gasolina e o diesel mais barato, os frentes marítimos, a redução de custos das fábricas com energia mais barata, etc.

Já os ambientalistas e os que se preocupam com a crise climática ampliam seu pessimismo com esse maior consumo. A Arábia Saudita maior produtor mundial só no mês de março aumentou em 658 mil barris por dia sua produção, em relação a janeiro, alcançando a extraordinária soma de 10,29 milhões de barris por dia. A Opep como um todo chegou em março s 30,79 milhões de barris por dia.

No meio de tamanha produção a população da nossa região petrorrentista deve poder enxergar maior o peso de tudo isso sobre o nosso dia-a-dia e sobre a importância de usar bem o nosso dinheiro dos royalties, diante de tão grande diferenças.

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