Já tratamos desse tema aqui mostrando como o barril de petróleo mais barato ajuda a algumas nações ricas e atrapalha outras nações e continentes. Numa análise mais por regiões esse gráfico da Bloomberg reproduzida pelo Valor, nos dá uma boa ideia desse movimento da geopolítica da energia a nível mundial:
Pelo cálculos de vencedores e perdedores da Bloomberg, os EUA, Europa e Ásia recebem um "estímulo" a mais de cerca de US$ 900 bilhões. Enquanto isso, o Oriente Médio e a Rússia, junto com a América Latina e África pagam essa conta.
O FMI estima que a queda dos preços do combustível pode estar movimentando mais a economia mundial, com a gasolina e o diesel mais barato, os frentes marítimos, a redução de custos das fábricas com energia mais barata, etc.
Já os ambientalistas e os que se preocupam com a crise climática ampliam seu pessimismo com esse maior consumo. A Arábia Saudita maior produtor mundial só no mês de março aumentou em 658 mil barris por dia sua produção, em relação a janeiro, alcançando a extraordinária soma de 10,29 milhões de barris por dia. A Opep como um todo chegou em março s 30,79 milhões de barris por dia.
No meio de tamanha produção a população da nossa região petrorrentista deve poder enxergar maior o peso de tudo isso sobre o nosso dia-a-dia e sobre a importância de usar bem o nosso dinheiro dos royalties, diante de tão grande diferenças.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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