Quase um ano e meio depois que os dois diques flutuantes "Mar del Enol" e "Mar del Aneto" da FCC, chegaram ao Porto do Açu para a construção de caixões que servem de píeres para o terminal 1 do Porto do Açu, eles partem para outro trabalho, apos concluir suas atividades.
Neste sábado, os diques flutuantes foram colocados na embarcação conforme imagem ao lado. Os trabalhos de embarque foram concluídos neste domingo. A instalação do último caixão feitos por estes diques aconteceu no início deste mês de maio.
A empresa espanhola FCC já havia inciado o desligamento do pessoal que trabalhava operando e em apoio a estes diques. Segundo informações obtidas pelo blog, a FCC ultimamente tinha cerca de 60 funcionários.
Segundo a mesma fonte, a empresa ainda constrói no Porto do Açu, um muro em área do Terminal 1 e lajes na extensão do píer do mesmo terminal. A previsão é que estes trabalhos sejam encerrados em até três meses.
Em dezembro do ano passado um destes dois diques flutuantes da FCC adernou em situação perigosa junto ao terminal. O blog informou à época (aqui) a ocorrência.
Em janeiro deste ano passado o dique flutuante Kugira, da outra empresa espanhola, que atuava na construção do quebra-mar do terminal 2, Acciona, após conclusão do seu trabalho de produção de caixões também foi despachado do Açu (Veja nota aqui do blog).
Assim, é possível identificar que a primeira parte da construção da infraestrutura (ponte, píeres e quebra-mar) dos dois terminais do Porto do Açu vão sendo concluídos. Muitas obras de adaptação ainda serão necessárias, conforme o uso que se dê aos terminais.
No terminal 1 há hoje, a previsão de uso do mesmo para transbordo de óleo de navios menores, para maiores petroleiros (operação ship-to-ship ou navio para navio). Este serviço tem estimativa de retornar à Prumo, controladora do Porto do Açu, em pagamento de até US$ 7 por barril transbordado, reduzindo assim, os custos de fretes, que hoje são feitos para a exportação de petróleo extraído na Bacia de Campos e Santos. Hoje, o terminal é usado basicamente para operação de embarque e exportação de minério de ferro.
Ainda no terminal 1 está em processo de negociação a instalação de bases para recebimento de gás visando a instalação de um hub (distribuição) e ainda para servir de combustível para uma termelétrica, em parceria com o grupo gaúcho Bolognesi.
Além disso, pode haver acordo para esta mesma base receber gás natural por um gasoduto deste o campo de Pão de Açúcar, onde o consórcio entre as petrolíferas chinesa Sinopec e a espanhola, Repsol, exploraram e descobriram uma reserva de gás com grande capacidade de produção. A chegada deste gás ao Açu, demandaria a instalação de um gasoduto de cerca de 200 quilômetros.
Enquanto isso, o terminal 2 está voltado para apoio ao fornecimento de materiais e serviços de movimentação de cargas das empresas que atendem às diversas petroleiras (Petrobras, Shell e outras) que atuam na exploração de petróleo offshore, especialmente na Bacia de Campos, mas também nas bacias do Espírito Santo ao norte e Santos, ao sul. Junto ao terminal 2 se tem hoje instaladas e em implantação as empresas Technip, Nov, Intermoor, Wartsila e Edson Chouest.
No terminal 2 há ainda a base do consórcio de construção e montagem naval Integra, formado pelas empresas OSX e Mendes Junior que montaram módulos de plataformas, mas, tiveram seus contratos renegociados com o estaleiro China Offshore Oil Engineering Corporation (COOEC). Também no T2 estão as inatalações não concluídas do estaleiro (UCN) da OSX e também o píer em construção para a movimentação de cargas MultT.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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