O gráfico abaixo é do Boletim Mensal da Produção da ANP liberado esta semana. Ele, como os demais, é sempre referente à produção de dois meses atrás, portanto da produção de março.
Pelo gráfico se pode ver mais uma vez que a produção na camada chamada de pós-sal, cuja maioria é na Bacia de Campos, embora também haja produção nestes campos - em camadas de menos profundidade também nas Bacias de Santos e Espírito Santo, está reduzindo a cada mês.
Entre os especialistas já há quem faça a distinção entre os campos de uma reserva e outra como sendo Pré-sal e "Não Pré-Sal", ao invés de "Pós-sal". Os poços e campos chamados maduros cada vez ficam com menos capacidade de produzir, mesmo com injeção de água ou gás. Além disso, a extração é operada por plataformas mais antigas com tecnologias menos atuais.
Embora a Bacia de Campos tenha também óleo e gás no Pré-sal a maior parte da produção que rende os royalties mensais e as Participações Especiais (PE) pela produção em grandes volumes, que são pagas trimestralmente, a redução desta produção significa menos receita dos royalties para os municípios e estados petrorrentistas.
De dezembro de 2014 para cá a produção na reserva da camada de Pós-sal já caiu cerca de 100 mil barris/dia. Enquanto isto na curva da produção Pré-sal cresceu, mas, em menor proporção. Veja abaixo a curva de produção de petróleo offshore em março de 2015. Nesta gráfico não está representada a produção em terra:
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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