A Petrobras passou a usar recentemente um programa PB Log através do qual tem aperfeiçoado a gestão de uso das embarcações nos diversos terminais portuários que servem de base de apoio.
Dentre as empresas contratadas para este serviço está empresa americana Edson Chouest Offshore (Eco). A Eco possui um total de 230 embarcações que atua em atividades offshore, sendo que 70 delas atuam no Brasil.
Embarcação da empresa Farstad |
A Edson Chouest Offshore diz que faz no Açu investimentos de quase R$ 1 bilhão para ter esta base operacional de 15 berços de atracação, além de estaleiro de manutenção e reparos que visa atender à sua frota e também a outros clientes.
A Edson Chouest hoje atende com embarcações através de sua empresa BramOffshore, não apenas a Petrobras, mas também às petroleiras: Shell, Total, Repsol-Sinopec, Statoil e Queiroz Galvão.
Até hoje, o atendimento principal da Petrobras se dá no terminal portuário (TUP) de Imbetiba em Macaé e do terminal operado pela Triunfo Offshore junto ao Porto do Rio de Janeiro.
As demais petroleiras são atendidas a partir da base portuária da Brasco (grupo Wilson, Sons) sediado na Ilha da Conceição, em Niterói e em outro da Brasco, no Caju, Porto do Rio de Janeiro.
A escala de expansão da nova fronteira de exploração petrolífera no Brasil, nas reservas do Pré-sal, demandam mais embarcações (e estaleiros para sua construção) e estas, por sua vez, exigem mais bases portuárias.
A previsão é de que a partir de novembro este apoio portuário seja expandido com o uso da base da Edison Chouest junto ao Porto do Porto do Açu. O ES se esforça para ter uma base regional para atender a exploração da Bacia do ES. Assim, como algo já se faz em Santos. Porém, é indiscutível que o centro desta logística está no ERJ, até pela sua posição equidistante, em relação ao ES e SP.
Enfim, todo este processo explica uma parte da dinâmica econômica do ERJ com forte impacto sobre a população no território, especialmente no litoral fluminense. Estamos falando de uma atividade produtiva que possui 12% do PIB nacional e 33% do PIB do ERJ.
Entender esta transformação do espaço, as novas territorialidades, através da atuação de uma cadeia articulada mundialmente é o desafio a que tenho me proposto fazer, nos estudos e pesquisas de campo e documental, de forma mais especial, nos últimos três anos.
Uma movimentação que acontece no território com a instalação de capital fixo em instalações, a partir das demandas da exploração offshore com forte participação do capital financeiro e de traders.
Elas enxergam todo este processo, quase que exclusivamente, como forma de ampliação dos seus patrimônios e lucros. Às comunidades cabem o papel de defenderem os seus interesses.
Espera-se dos gestores públicos, nas três escalas, um papel, não de uma atuação como uma espécie de gerentes destes negócios, ou de despachantes exclusivos dos interesses dos empreendedores, mas, de regulação e de articulação entre os interesses econômicos e lucros dos negócios, mas de preocupação com a vida dos moradores e trabalhadores desta regiões.
PS.: Atualizado às 15:23 e 17:55: Para corrigir pequenas informações e excluir repetições. Para acrescer a informação sobre a fonte da imagem usada como ilustração.
Um comentário:
Em razão dos fatos narrados nesta postagem, para acompanhar esse provável crescimento, dessa região,devido essas novas demandas, por mão de obra e consequentemente outros tipos de serviços,inevitavelmente o adensamento populacional será uma realidade.
Enfim, caberá, aos gestores políticos, dos 3 entes federativos, um modelo de governança, que preveja, problemas, que surgirão, em diversas áreas(saúde, educação,qualificação, segurança pública, logística, mobilidade urbana, etc).
Postar um comentário