Esta, depois que reunida com a Fesp e transformada na Fundação Ceperj, parece que abandonou diversos bons projetos. Ruim que o Estado deixe de ser provedor de bons indicadores e estudos sobre a realidade de suas regiões.
A Região Noroeste Fluminense, por uma série de razões é uma das mais abandonadas pelo estado ao longo do tempo. Até a sua criação é consequência da reclamação de que o Norte Fluminense, com a polarização exercida pelo município de Campos, acabava puxando para si as demandas que eram de toda a região.
Pois bem, quase meio século depois, o Norte Fluminense passou a ser aquinhoado pelas generosas receitas dos royalties do petróleo, com diversos municípios, chamados de produtores, passando a viver com a renda dos royalties.
A ameaça já bateu à porta destes município petrorrentistas que cada vez mais se vincularam aos problemas da economia global, além de viver agora a ameaça da significativa redução destas receitas, com a suspensão da liminar que atualmente sustenta o atual critério de divisão dos royalties.
Fonte: Estudos Regionais da Firjan - Noroeste Fluminense - P.2 |
Até por isso essa análise comparada traz uma série de leituras.
Uma das observações que o estudo da Firjan com dados socioeconômicos do Noroeste Fluminense destaca é que 60% do PIB do Noroeste Fluminense está concentrado em apenas três municípios, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana.
O dado mais interessante é que os municípios do Noroeste Fluminense se destacam em Educação
Oito dos dez municípios que mais evoluíram em Educação no estado do Rio de Janeiro estão no Noroeste Fluminense, conforme apontou a última edição do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), com dados de 2011. Entre os critérios utilizados para avaliação da vertente estão os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), formação de professores, evasão escolar e atendimentos em creches e pré-escolas.
Apesar dos bons resultados neste quesito, nenhum município da região foi classificado como de alto desenvolvimento no resultado geral do estudo, que também avalia Saúde e Emprego e Renda. Considerando as três vertentes analisadas, Santo Antônio de Pádua obteve o melhor desempenho na região e foi a 12ª colocada no ranking das cidades fluminenses.
Economia do Noroeste Fluminense
O estudo trabalha com dados de 2012, os últimos disponíveis e revela ainda que o PIB da região Noroeste Fluminense era de R$ 4,7 bilhões naquele ano, o que representa 0,9% do total produzido no estado. De acordo com o estudo, Itaperuna garantiu a maior parcela do PIB da região: um total de R$ 1,7 bilhão. Já Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana contribuíram com R$ 655 milhões e R$ 472 milhões, respectivamente. Entre 2007 e 2012, a taxa de crescimento da produção regional foi de 20%, enquanto no estado do Rio de Janeiro foi de 22%.
Juntas, as três cidades concentram mais de 50% da população regional, que era de 323 mil em 2014, segundo estimativa do IBGE. Esse total representa 2% da população do estado. Nos últimos quatro anos, o número de habitantes no Noroeste Fluminense cresceu 1,8%, ficando abaixo da média estadual, cujo aumento foi de 2,9%. Dos 13 municípios da região, nove tiveram crescimento, com destaque para Aperibé (+6,6%) e Varre-Sai (+5,2%). Por outro lado, quatro cidades apresentaram redução da população no período, sendo em Laje do Muriaé (-2%) a queda mais significativa.
Apesar dos bons resultados neste quesito, nenhum município da região foi classificado como de alto desenvolvimento no resultado geral do estudo, que também avalia Saúde e Emprego e Renda. Considerando as três vertentes analisadas, Santo Antônio de Pádua obteve o melhor desempenho na região e foi a 12ª colocada no ranking das cidades fluminenses.
Economia do Noroeste Fluminense
O estudo trabalha com dados de 2012, os últimos disponíveis e revela ainda que o PIB da região Noroeste Fluminense era de R$ 4,7 bilhões naquele ano, o que representa 0,9% do total produzido no estado. De acordo com o estudo, Itaperuna garantiu a maior parcela do PIB da região: um total de R$ 1,7 bilhão. Já Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana contribuíram com R$ 655 milhões e R$ 472 milhões, respectivamente. Entre 2007 e 2012, a taxa de crescimento da produção regional foi de 20%, enquanto no estado do Rio de Janeiro foi de 22%.
Juntas, as três cidades concentram mais de 50% da população regional, que era de 323 mil em 2014, segundo estimativa do IBGE. Esse total representa 2% da população do estado. Nos últimos quatro anos, o número de habitantes no Noroeste Fluminense cresceu 1,8%, ficando abaixo da média estadual, cujo aumento foi de 2,9%. Dos 13 municípios da região, nove tiveram crescimento, com destaque para Aperibé (+6,6%) e Varre-Sai (+5,2%). Por outro lado, quatro cidades apresentaram redução da população no período, sendo em Laje do Muriaé (-2%) a queda mais significativa.
O setor que teve maior participação na economia do Noroeste Fluminense foi o de Serviços e Comércio, respondendo por 43,5% do PIB regional. Já a produção da Indústria contribuiu em 12,3% no PIB da região e em 0,4% no PIB industrial do estado. Porém, entre 2007 e 2012, foi o setor que apresentou a maior taxa de crescimento (+26,8%). A Agropecuária da região, embora ocupe apenas 4,8% do PIB do Noroeste Fluminense, representa 12% do valor produzido pelo segmento no estado.
Pelo estudo, o número de empregos na região teve crescimento
superior ao do estado entre 2008 e 2013. As cerca de 7,4 mil empresas da região Noroeste Fluminense empregam 58 mil trabalhadores com carteira assinada, o que corresponde a 1,3% dos empregos formais no estado, segundo dados mais recentes do Ministério do Trabalho e Emprego. Os setores de Serviços, Comércio e Administração Pública respondem, cada um, por um quarto dos empregados na região, enquanto a indústria ocupa um quinto das vagas. Já a Agropecuária utiliza menos de 5% da mão de obra formal do Noroeste Fluminense.
Na Indústria, o subsetor que garante o maior número de trabalhadores é a Indústria de Transformação (16,9% do total de empregos formais na região), à frente da Construção (2,5%) e dos Serviços industriais de utilidade pública e da Extração mineral, que, juntos, ocupam menos de 1% dos postos de trabalho. Os segmentos da Indústria de Transformação com mais empregados são os de Produtos alimentícios (4,9%), Vestuário e acessórios (2,6%) e Produtos de minerais não metálicos (2,6%).
Entre 2008 e 2013, o número de empregos na região Noroeste Fluminense teve aumento de 33,4%, enquanto no estado o crescimento foi de 23,6%. A Indústria foi o setor que mais evoluiu regionalmente, alavancando em 48,4% o número de postos de trabalho. Em seguida, aparecem os setores de Serviços (+38,3%), Administração Pública (+29,4%) e Comércio (+30,9%), que também tiveram aumento acima do estado. A Agropecuária foi o único setor que reduziu o total de empregados no período (-6,8%).
O subsetor que ofertou mais postos de trabalho entre 2008 e 2013 foi o de Serviços industriais de utilidade pública (+147,8%). No mesmo período, a Indústria de Transformação também apresentou crescimento expressivo na geração de novos empregos (+50,7%). O número de empregos na Construção cresceu 36,9%, enquanto a Extração mineral (-2,6%) foi o único subsetor que mostrou redução de postos durante o período.
Contudo, a qualificação dos trabalhadores industriais no Noroeste Fluminense é mais baixa que a média do estado, sobretudo pela menor proporção de empregados com ensino médio e superior: 46,6% na região contra 60,6% no estado. Nos graus de instrução mais baixos, a situação regional também é pior que a do estado, pois apresenta maiores percentuais de trabalhadores em todas as faixas de menor escolaridade.
Pelo estudo, o número de empregos na região teve crescimento
superior ao do estado entre 2008 e 2013. As cerca de 7,4 mil empresas da região Noroeste Fluminense empregam 58 mil trabalhadores com carteira assinada, o que corresponde a 1,3% dos empregos formais no estado, segundo dados mais recentes do Ministério do Trabalho e Emprego. Os setores de Serviços, Comércio e Administração Pública respondem, cada um, por um quarto dos empregados na região, enquanto a indústria ocupa um quinto das vagas. Já a Agropecuária utiliza menos de 5% da mão de obra formal do Noroeste Fluminense.
Na Indústria, o subsetor que garante o maior número de trabalhadores é a Indústria de Transformação (16,9% do total de empregos formais na região), à frente da Construção (2,5%) e dos Serviços industriais de utilidade pública e da Extração mineral, que, juntos, ocupam menos de 1% dos postos de trabalho. Os segmentos da Indústria de Transformação com mais empregados são os de Produtos alimentícios (4,9%), Vestuário e acessórios (2,6%) e Produtos de minerais não metálicos (2,6%).
Entre 2008 e 2013, o número de empregos na região Noroeste Fluminense teve aumento de 33,4%, enquanto no estado o crescimento foi de 23,6%. A Indústria foi o setor que mais evoluiu regionalmente, alavancando em 48,4% o número de postos de trabalho. Em seguida, aparecem os setores de Serviços (+38,3%), Administração Pública (+29,4%) e Comércio (+30,9%), que também tiveram aumento acima do estado. A Agropecuária foi o único setor que reduziu o total de empregados no período (-6,8%).
O subsetor que ofertou mais postos de trabalho entre 2008 e 2013 foi o de Serviços industriais de utilidade pública (+147,8%). No mesmo período, a Indústria de Transformação também apresentou crescimento expressivo na geração de novos empregos (+50,7%). O número de empregos na Construção cresceu 36,9%, enquanto a Extração mineral (-2,6%) foi o único subsetor que mostrou redução de postos durante o período.
Contudo, a qualificação dos trabalhadores industriais no Noroeste Fluminense é mais baixa que a média do estado, sobretudo pela menor proporção de empregados com ensino médio e superior: 46,6% na região contra 60,6% no estado. Nos graus de instrução mais baixos, a situação regional também é pior que a do estado, pois apresenta maiores percentuais de trabalhadores em todas as faixas de menor escolaridade.
PS.: Fonte Firjan - Assessoria de Imprensa da Firjan Itaperuna.
PS.2: Uma cópia do estudo Retratos Regionais do Noroeste Fluminense pode ser baixado (download) clicando aqui.
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