A Bacia de Campos já chegou a produzir quase 80% da produção nacional. No último boletim de produção do mês de junho, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a Bacia de Campos ficou com um percentual de 58%, com produção de 1,753 milhões boe/d de petróleo equivalente (óleo + gás), através de 46 campos produtores, de um total de 2,996 milhões boe/d de produção em todo o Brasil.
A Bacia de Santos ficou em segundo lugar com produção de 811,7 mil de boe/d, equivalentes a 27% da produção nacional, com apenas 9 campos produtores. Portanto, a Bacia de Santos possui uma produtividade imensamente maior que a Bacia de Campos.
Se fosse só considerada a produção de gás, a Bacia de Santos tem maior participação com 34% da produção nacional x 29% da Bacia de Campos.
Sobre os operadores, a Petrobras tem a maior produção com 82,8% da produção nacional. A BG + Shell já produzem juntas 212 mil boe/dia.
Impressionante é a produção de dois poços do pré-sal na Bacia de Santos Sapinhoá e Lula. Cinco poços produzem cada um mais de 40 mil boe/d (petróleo e gás). Sapinhoá (7SPH7DSPS) em junho produziu exatos 47.252 boe/d; Já o poço de Lula (7LL27RJS) produziu 44.463 boe/d.
Porém, o campo (coletivo de poços) que mais produziu petróleo foi o de Roncador na Bacia de Campos com 373 milhões b/dia e 418 milhões boe/dia, juntando petróleo e gás. Roncador gera royalties e PE especialmente para o município de São João da Barra e uma parte menor para Campos.
Confiram abaixo no gráfico da ANP, a relação entre a produção nas reservas do pré-sal (ascendente) e do pós-sal (descendente). A do pós-sal atingiu o pico em dezembro de 2014 com produção de 2.280 Mboe/d e a do pré-sal segue evoluindo mês a mês. O fato reforça a tese que o percentual de 58% deverá ser ainda mais diminuída nos próximos meses:
PS.: Atualizado às 00:15: Para corrigir a unidade da produção em barris por dia.
PS.: Atualizado às 11:24: Na terça-feira (18/08) a Petrobras divulgou números de sua produção em julho. Eles são distintos destes, porque são da produção de julho (e não de junho) e se referem exclusivamente à produção da Petrobras, excluindo a produção das demais petroleiras. A ANP só divulga boletim da produção nacional, dois meses após. Por isto, seu último boletim é de junho.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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