quarta-feira, agosto 26, 2015

Empregos no ERJ entre janeiro e julho

O professor Mauro Osório preparou junto com seu grupo de pesquisas na UFRJ, um conjunto de tabelas sobre a movimentação dos empregos no ERJ. Abaixo o blog publica a tabela desta movimentação em 43 municípios fluminenses, junto de outra, exclusiva da indústria naval que surpreende.

O professor Osório faz um breve comentário sobre estes dados do emprego e desemprego divulgado pelo Caged/MTE. Abaixo das tabelas o blog complementa com outros comentários:

"Como sabemos o país vive uma crise política e econômica e o desemprego tem aumentado. Na periferia metropolitana do Rio de Janeiro, os seguintes municípios apresentaram, no período de janeiro a julho, uma perda de empregos formais superior a mil: Itaboraí, Niterói, Duque de Caxias, Itaguaí, Nova Iguaçu, São Gonçalo, São João de Meriti.

Ainda encontram-se no campo positivo de geração de empregos, embora em um pequeno número, os municípios de Japeri, Seropédica e Rio Bonito.

Na cidade do Rio de Janeiro, no período de janeiro a julho, ocorreram 45.335 perdas de emprego. No comércio, a perda foi de 16.698 vagas.

Especificamente na construção naval, no conjunto do estado, foram realizadas 5.320 demissões entre janeiro e julho. No entanto, foram realizadas também 2.392 admissões, gerando um saldo negativo de 2.937.

Na contramão do atual cenário, no mês de julho o resultado de emprego da construção naval, no estado do Rio de Janeiro, foi positivo, com um saldo de 112 novas vagas de trabalho.
"















Sobre os municípios da região as maiores perdas de emprego neste ano, até julho, se verificou em Macaé com menos 5.482 vagas, sendo a maior perda na área de serviços , que como sabemos é a primeira a ser arrastada pela redução da economia do petróleo.

Em Campos, a redução no estoque de empregos no ano até julho foi de menos 996 vagas, sendo a maior perda no setor de comércio com menos 886 vagas, fruto do enfraquecimento da Economia dos Royalties com a redução desta receita. O destaque positivo e já conhecido é sazonal, na área agrícola e agropecuária com mais 936 vagas. O estado como um todo perdeu neste período 494 mil vagas. 

Reforço o destaque do Mauro Osório sobre os números da construção naval que a despeito de toda a crise com a redução das demandas do setor de petróleo e das consequências da Operação Lava Jato ainda mantém um estoque de empregos significativos no estado. Falta ainda listar o número e a movimentação de empregos no geral do município de São João da Barra que também tem uma pequena base de indústria naval com o Consórcio Integra junto ao Porto do Açu.

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