Segundo a Bloomberg o excedente de produção de petróleo no 2º trimestre foi de 3 milhões de barris/dia (b/d), o maior em 17 anos, segundo a AIE (Agência Internacional de Energia). A previsão é que este excedente seja de 1,4 milhões de b/d neste segundo semestre.
Os preços baixos incentivaram o consumo, especialmente nos EUA. Assim, o consumo mundial de petróleo deverá crescer 1,6 milhões de b/d, alcançando uma média de 94,2 milhões de b/d. A previsão para 2016 é que o consumo chegue a 95,6 milhões de b/d.
Observando os números estimativos da AIE para produção e consumo, pode-se entender a expectativa de que os preços baixos do barril de petróleo, se mantenham, pelo menos, até o último trimestre do ano que vem. Hoje o preço do petróleo Brent, em contratos para setembro, fechou a US$ 49,22.
Ou seja, para os municípios e estados petrorrentistas nenhuma perspectiva de melhoria no horizonte das receitas dos royalties existe, a não ser os empréstimos de venda do futuro.
PS.: Atualizado às 13:24 de 14/08: O excesso de produção de petróleo está exigindo aumento dos estoques, mundo afora. Assim, mais 170 milhões de barris de petróleo e combustível passou a ser armazenado. Além disso, outros 50 milhões foram estocados em armazenamento flutuante, segundo relatório do Goldman Sachs.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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