Foi assim que ontem me deparei com o assunto de que o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação na 3ª Vara da Justiça Federal em Santos pedindo a redução da largura do canal de navegação de entrada para o Porto de Santos.
Segundo o MPF este canal foi ampliado desde 2010, na sua largura de 170 metros para 220 metros e assim vem sendo dragado par manter esta nova largura. Por conta de estudos, o MPF atribui que o fato "causou erosão nas paias de Santos e diminuindo a faixa de areia".
O procurador da República Antonio Daloia diz que 40% dos 5 quilômetros de extensão da orla santista foram afetados e que o impacto maior é na Ponta da Praia, na direção da entrada do porto, mas que o problema se estende a outras praias e que a erosão atingiu bens que estavam enterradas há décadas no local, como escadarias e tubulações.
Foto G1 da faixa de areia da Ponta da Praia |
A Codesp (Cia. Docas do Estado de SP) nega e diz que "a dragagem não é fator dominante" e tenta acordo extrajudicial para manter a nova largura do canal. A Codesp propõe medidas mitigadoras para diminuir a erosão nas prais de Santos e que tem proposta de "juntar esforços para corrigir o problema".
Diante deste caso, não há como não relacioná-lo à erosão da Praia de Barra do Açu, após a construção do Porto. Veja que o caso de Santos, se trata de uma baía e um estuário e não em mar aberto como aqui no Açu.
Ainda assim, os problemas de erosão nas praias pela ampliação do canal de atracação do porto são reconhecidos até pela administração do porto que se dispõe a buscar soluções para mitigar os problemas. No caso do Açu se trata de um terminal (T1) em mar aberto (offshore) e outro terminal (T2) construído (onshore) com abertura da orla, locais onde a movimentação marinha, da areia e dos sedimentos tende a ser bem maior, gerando assim, consequentemente mais impactos e erosão.
Clique aqui e tenha informação sobre a ação do MPF-SP e aqui a ação de 54 páginas na íntegra. Leia aqui matéria sobre a ação no jornal de Santos, A Tribuna.
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