1) Sobre a desvalorização do yuan:
"Não entendo de macroeconomia o suficiente para opinar, mas desconfiar posso. Assim, eu desconfio que os movimentos globais dos principais mercados financeiros, dos EUA, UE e Japão, ainda não estavam considerando com o rigor necessário, a entrada da China também neste circuito, e para valer.
Desta forma, a depreciação, ou desvalorização, seja o nome que for que os chineses fizeram com a sua moeda, o yuan, parece que pode ter sido, uma jogada de mestre, especialmente, sobre os EUA, antes deste fazer o aumento de juros que o Fed (seu banco central) vinha prometendo, para este segundo semestre.
Quem estuda mais o assunto diz que a China até pouco tempo vinha relutando muito em entrar no jogo do mercado financeiro global. Temia que ocorresse com o seu crescimento o mesmo movimento do Japão, na década de 80, quando se apresentava como a nação que poderia desbancar os EUA. O resultado disto é conhecido.
Porém, a criação de dois grandes bancos em paralelo ao FMI e Banco Mundial e agora estes movimentos em sua moeda, parecem mostrar um apetite que não surge desvinculado de riscos, porém mais articulado com outras partes do mundo do que antes possuía o Japão.
Enquanto isto, os colunistas de sempre, ligados aos bancos dos EUA e UE e das agências de riscos repetem sempre a mesma coisa que tudo isto não passaria de uma crise interna da China. Isto não é improvável, mas ações e reações merecem sempre serem analisadas em bloco e não isoladamente. A conferir!"
2) Sobre as fusões no capitalismo de estado da China:
"Também na China, sob o "Capitalismo de Estado", as duas maiores empresas de transporte marítimo anunciaram a fusão de suas atividades. A China Shipping Group e a China Ocean Shippening Group (Cosco) passarão a operar em uma empresa conjunta.
Interessante é que medida foi anunciada nesta semana pelo governo chinês, e deve trazer grandes mudanças à indústria naval de toda a região da Ásia, incluindo o Japão (estaleiro Ishikawagima e outros), Coréia (Hyundai, Samsung e Daewo) e Cingapura (Jurong) que são fortíssimos no setor.
O crescimento da indústria naval brasileira nos últimos doze anos não prescindiu de parcerias com a maioria destes estaleiros da Ásia. Algumas embarcações que atuam no Brasil saíram e outras estão sendo montadas no estaleiro chinês Cosco.
Este movimento é similar ao que a China também fez no setor de ferrovias (comentado no blog em nota aqui no dia 5 de julho de 2015) unindo suas líderes para concorrer com a gigantes do setor pelo mundo, no caso ferroviário, Bombardier, Siemens e Alstom.
Assim, acompanhar os planos de fusão (comum no capitalismo) é dever de quem pretende entender a Economia Global contemporânea. Os detalhes de mais esta fusão devem ser divulgados ao longo dos próximos meses."
3) Sobre as exportações do agronegócio brasileiro no 1º Semestre de 2015 que tem a China como principal destino com quase 50% de tudo que sai do Brasil e, portanto, precisando entender e se relacionar em novas bases.
Assim, vale a pena observar o infográfico abaixo para identificar os destinos das exportações do agronegócio brasileiro que tem a China como o destino de quase metade de tudo que é exportado, seguido dos EUA. (Valor, 12/08/15, P. B10).
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