A Oiltanking gerenciará as operações de transbordo que serão realizadas no terminal. O TOIL tem capacidade para movimentar até 1,2 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) e está preparado para receber os maiores navios utilizados para transporte de petróleo (VLCCs).
O TOIL está instalado no Terminal 1 (T1) e irá usar a infraestrutura já existente e utilizada pelo terminal de minério de ferro – já em operação. A operação do TOIL está prevista para agosto de 2016 com o transbordo de 200 mil barris de petróleo por dia produzidos pela BG nos campos do pré-sal. O contrato, que foi assinado com a petroleira no início de junho por 20 anos, prevê ainda a possibilidade de expansão para 320 mil barris por dia.
Terminal 1 do Porto do Açu |
O TOIL irá dividir a infraestrutura com o terminal de minério de ferro do Porto do Açu, que começou a operar em 2014. Este investimento já existente, aliado ao licenciamento atual do terminal, proporcionam ao TOIL a vantagem de ser um empreendimento com desenvolvimento avançado.
Segundo a Assessoria de Imprensa da Prumo, na operação "ship to ship" (de navio para navio) no Porto do Açu, o óleo será transportado de navios aliviadores para navios convencionais, reduzindo o frete de exportação do petróleo brasileiro em até 60%.
A operação é realizada em área abrigada e cercada por barreiras de contenção, o que a torna mais segura e estável, possibilitando sua realização durante todo o ano. A realização do transbordo de forma segura e eficiente é indispensável para o pré-sal, em que o desafio de operar em águas profundas cria a necessidade de utilizar navios DPSTs com tecnologia mais avançada do que os navios tradicionais.
Além da operação de transbordo, há plano para que o TOIL do Porto do Açu também ofereça uma variedade de serviços, como armazenamento, blending, tratamento de óleo e outras atividades.
A Oiltanking é uma subsidiaria da Marquard & Bahls, empresa familiar sediada em Hamburg que atua nos segmentos de abastecimento de energia, trading e logística. Oiltanking é a segunda maior empresa independente no mundo de armazenagem de derivados de petróleo, produtos químicos e gases.
A empresa detém e opera 73 terminais em 22 países na Europa, Américas do Sul e do Norte, Oriente Médio, África, Índia e Ásia. A Oiltanking tem uma capacidade de armazenagem de 19,4 milhões m³ (122 milhões de barris).
A Oiltanking está no Brasil desde 2008, através de sua subsidiária, Oiltanking Terminais, oferecendo serviços para o setor de distribuição de combustíveis além de oferecer serviços de armazenagem para outros líquidos a partir do seu terminal em Vitoria, Espirito Santo.
O TOIL, que começa a operar em um ano, em agosto de 2016, com capacidade para movimentar 1,2 milhão de barris/dia. Recentemente, a empresa assinou contrato para transbordo de petróleo com a BG por 20 anos, com volume médio de 200 mil barris por dia. O T1 também conta com projeto de armazenamento de petróleo e outros serviços de petróleo em terra.
PS.: Atualizado às 11:54:
Comentário do blog:
A atividade de transbordo de petróleo navio-para-navio (ship to ship) é uma atividade que traz sérios riscos ambientais, mesmo com o uso das barreiras de contenção e outras medidas de prevenção e ou contingência.
No ERJ hoje uma parte deste transbordo é feito em Angra dos Reis, onde alguns acidentes já ocorreram. Com o aumento da produção, seja no pré-sal da Bacia de Santos, como das outras bacias esta atividade passou a ser demandada, não apenas pela Petrobras, mas pelas outras petroleiras estrangeiras que operam no litoral brasileiro
Por outro lado ela gera receita de ISS para o município, além de propiciar ganhos com o custo do frete final do transporte de petróleo porque permite a transferência do petróleo produzido no litoral para navios petroleiros de maior porte cujo valores de fretes são menores, especialmente, no transporte a grandes distâncias.
3 comentários:
Roberto, há no Congresso um estudo em alguma comissão sobre uma lei para regulamentar tal atividade.
Há um lobby forte de uma empresa de capital nacional FENDER CARE Brasil, situada em Mar do Norte, Zona ZEN de Rio das Ostras.
Essa empresa, originalmente ligada a um grupo inglês que não me recordo o nome, mas que é uma holding britânica, opera defensas navais, aquelas boias gigantes que servem para ancorar navios e para amortizar o impacto com os ancoradouros.
Ela quer que a lei determine regras que só podem ser atendidas pelos padrões tecnológicos que ela detém.
Suspeito que haja questões mais graves envolvidas, mas estas te conto reservadamente.
Como sempre, os "incorruptíeveis" ingleses nos ensinando como são os "business".
E depois, é claro, quando for conveniente politicamente, posam de arrependidos, fazem acordos de delação e achincalham a política e a gestão pública.
Sim Douglas,
Em meus levantamentos mais recentes eu tenho levantado quais são as "players" do setor de óleo & Gás que atuam no Brasil e de forma mais específica no ERJ. Junto levanto as atividades que desenvolvem ligadas às atividades "industriais" ou de "serviços especializados" nesta cadeia produtiva que via de regra ao definir tecnologias acaba por também atribuir a quem os contratos serão firmados, com ou sem licitação.
A luta por definir a tecnologia no projeto básico ou executivo é o "X" da questão e eram nestes pontos que o Paulo Roberto Costa atuava, auferindo vantagens, por decisões que muitas vezes já estavam tomadas, considerando até requisitos técnicos e não, digamos que comerciais.
Ao listar a origem desta players é significativo observar que a pequena Noruega, só perca para os EUA que atua no setor de petróleo há quase três décadas e tem maiores empresas do mundo como a conhecida Halliburgton.
Com a decisão de implantar a política de "conteúdo nacional" a Noruega alavancou sua atuação em embarcações e engenharia submarina e disputa com vantagem contra a grande Alemanha em quantidades de negócio no setor offshore de petróleo no Brasil.
A Noruega está no Brasil entre outras com a estatal petrolífera Statoil que nesta semana está comemorando a produção de 100 milhões de barris produzidos só no campo de Peregrino a 2,9 mil metros de profundidade com propagandas estampadas em diversos jornais pelo mundo.
Enfim, uma cadeia global e que atua por cima dos governos de forma transnacional num setor onde a regulação dos governos é limitada e sujeita às pressões que o poder econômico bem sabe fazer usando e pagando à mídia comercial para este fim.
Aí está a verdadeira "pauta bomba".
Abs.
Gostaria de maiores detalhes sobre essa empresa Fender Care e sobre as artimanhas que usa, e qual tipo de lobby pode ser que esteja usando para obter licenças, visto que a empresa não tem estrutura nenhuma no país e possui o estranho hábito de ficar mudando sua estrutura social entre as empresas da holding James Fisher, a qual mencionou.
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