Um total de 422 mil matrículas no universo total de 518 mil matrículas estão nos 21 municípios da Região Metropolitana Fluminense. Estes números constam do Censo 2013 do Inep/MEC, o último disponibilizado. Há previsão de que o Inep divulgue agora em setembro o Censo 2014 com dados que foram informados pela instituições até abril último
A região metropolitana fluminense tem hoje um total de 21 municípios: Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimiri, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, Rio Bonito, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá.
Só a capital, o município do Rio de Janeiro é responsável por 55% do total de matrículas no Ensino Superior em todo o estado em 2013. Em 2003, dez anos antes este percentual era de 62%.
Em 2013, cinco destes municípios da região metropolitana fluminense ainda não possuíam matrículas em nível superior: Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Japeri, Mesquita e Tanguá. Em 2003, eram 10 municípios sem ensino superior.
Apesar da área metropolitana do ERJ ter se expandido com o acréscimo de novos municípios como foi o caso em 2013, com a inclusão de Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu, depois de Itaguaí e Maricá em 2009, os percentuais de matrículas do ensino superior, na região metropolitana em relação ao interior fluminense, continua muito alto: em 2003 eram 82,5% x 17,5%; em 2013 estes percentuais passaram para: 81,5% x 18,5%. Uma alteração muito pequena.
Certamente, esta relação deve ser diferente em outras unidades da federação, onde a expansão do ensino superior público, com instalação de diversos campi de universidades federais, estaduais, dos IFs e mesmo das instituições privadas, aconteceu com o forte movimento de interiorização do ensino superior em quase todo o Brasil.
O caso do ERJ parece particular. O fato ganha relevância se observarmos que em termos populacionais, a Região Metropolitana do ERJ possui 73,7% em relação a todo o estado, enquanto nas matrículas do ensino superior este percentual como vimos é de 81,5%, uma distorça de aproximadamente 8%.
De outro lado há que registrar a positiva ampliação das matrículas nos municípios periféricos da RMRJ, no entorno da capital, tanto na Baixada Fluminense, quanto no Leste Fluminense, puxado neste caso pelas matrículas em Niterói e São Gonçalo.
Com esta publicação o blog complementa a série de cinco notas com dados e breve análises sobre as matrículas no Ensino Superior no ERJ. É bom relembrar que a discussão neste nível de ensino, quando se discute qualidade, pressupõe também uma atuação em pesquisa, pós graduação e extensão.
Veja as outras notas aqui, aqui, aqui e aqui.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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