Em dois anos foram mais de 50 metros de avanço do mar em direção ao continente. Exatamente após a conclusão dos quebra-mares de "proteção" da entrada do canal do Terminal 2 do Porto do Açu.
Veja abaixo na imagem do Google Earth de 2012*, que a distância da faixa de areia (56 metros) foi agora toda consumida, junto da avenida beira-mar. Tudo isto em apenas três* anos. Portanto, não há nada de natural neste efeito.
Nunca é demais lembrar que o EIA/Rima contratado pelo empreendedor e apresentado nas audiências públicas, para licenciamento do terminal sul (Terminal 2) do Porto do Açu já havia levantado e considerado a consequência como de "alto risco" para a Praia do Açu.
Negar o óbvio observando as consequências para a população é como fugir do socorro a uma vítima que se atropelou. Na prática, um crime.
No mundo inteiro, os projetos portuários em áreas sem proteção natural, e que exigem quebra mar do porte do terminal 2 do Porto do Açu, em área e mar aberto, só são autorizados com engorda das praias e construção de outras proteções nas praias laterais atingidas.
Eu tive a oportunidade de ver isto de perto, no segundo semestre do ano passado, quando estive na Espanha fazendo pesquisas sobre portos, ao observar tanto os projetos, quanto a realidade das instalações, em diversos portos espanhóis, em especial lembro Barcelona e Terragona. E olhe que o Mar do Mediterrâneo, é imensamente mais calmo do que o do Oceano Atlântico, em termos de movimentação das águas e areia.
Mesmo atrasado, o empreendedor, ainda tem tempo de corrigir os erros, caso contrário custará caro aos empreendedores e seus acionistas arcar com a responsabilidade das centenas de indenizações. No Açu existem cerca de 800 domicílios de moradores que estão cada vez mais ameaçados, fora outros de veranistas.
O poder público, prefeitura, Inea e Ibama estão sendo relapsos, tanto quanto os empreendedores e seus acionistas. Estes correm sérios riscos de terem que arcar com enormes prejuízos aos moradores que, certamente exigirão indenizações, não apenas pelas perdas materiais, mas, pelos danos morais entre outros.
O Ministério Público Federal já tem inquérito sobre o tema e deverá ampliar Ação Civil Pública por conta do tema. A farta documentação, especialmente os Estudos e Relatórios de Impactos Ambientais (EIA/Rima), além das imagens e outras servirão de provas concretas, sobre a relação causa-efeito, entre o empreendimento do T2 do porto e a erosão na Praia do Açu.
Confiram abaixo das imagens do Google Earth (2012*) e matéria veiculada ontem pela InterTV. Observem na imagem do Google Earth a quantidade de casas ameaçadas com o avanço do mar:
PS.: Atualizado às 14:12. * Para corrigir a informação do ano da imagem do Google Earth que na verdade é de 2012 e não 2013, mas não muda a informação sobre a faixa de areia consumida pela erosão nos três naos para 56 metros.
5 comentários:
O que está acontecendo é uma covardia com os moradores da Praia do Açu.
Onde estão os órgãos ambientais? Cadê o IBAMA, etc????
Infelizmente no mundo de Hoje o Lucro e o Dinheiro falam mais alto, se a parte urbana de nossa localidade desse lucro a alguém, aposto que já teriam feito alguma coisa, mas como não da lucro a ninguém e sim dará despesas para resolver o problema, e melhor botar a culpa na natureza.
Porem devemos confiar em DEUS pois esse sim não falha e nunca falhara, O Empresario que deu incio a este empreendimento junto ao governo colocou muitas famílias para fora de suas terras e hoje ele já não é, nem sera sombra do que sonhou ou já foi um dia, e digo mais aposto que quem pode resolver este problema como as autoridades ou as empresas proprietárias do causador desse problema não assumirem suas responsabilidades, podem ter certeza o mar avançara e destruirá, mas DEUS não nos desamparara, e o castigo de vocês um dia vai chegar!!!
Infelizmente no mundo de Hoje o Lucro e o Dinheiro falam mais alto, se a parte urbana de nossa localidade desse lucro a alguém, aposto que já teriam feito alguma coisa, mas como não da lucro a ninguém e sim dará despesas para resolver o problema, e melhor botar a culpa na natureza.
Porem devemos confiar em DEUS pois esse sim não falha e nunca falhara, O Empresario que deu incio a este empreendimento junto ao governo colocou muitas famílias para fora de suas terras e hoje ele já não é, nem sera sombra do que sonhou ou já foi um dia, e digo mais aposto que quem pode resolver este problema como as autoridades ou as empresas proprietárias do causador desse problema não assumirem suas responsabilidades, podem ter certeza o mar avançara e destruirá, mas DEUS não nos desamparara, e o castigo de vocês um dia vai chegar!!!
Infelizmente temo pelo pior: Os proprietários das casas ficarão no prejuízo. O processo de avanço no mar do pontal de Atafona é um exemplo disto, claramente provocado pela redução do volume de água do Paraíba, em função das diversas intervenções de desvios e barragens ao longo de todo o rio alterando o ponto de equilíbrio no encontro das águas, o que provocou o avanço do mar sobre o continente destruindo centenas de casas e nenhuma ação de indenização foi levada a julgamento até hoje...
Progresso ao contrário.
É o estado e os poderes constituídos a serviço dos malfeitores, dos arrogantes, dos truculentos, dos que não tem freio em suas ações de maldade e de destruição.
É preciso que se restabeleçam de forma urgente os direitos e os verdadeiros valores que norteiam essa população ordeira, pacífica e trabalhadora do 5º distrito de São João da Barra e da Praia do Açu, que se encontram órfãos de representação por parte dos poderes constituídos. Não é possível que essa população ainda esteja sendo tratada pior que gado nos seus direitos, em sua honra e em sua dignidade.
A praia do Açu e seus moradores não receberam nenhum benefício com a instalação desse maldito porto, ao contrário. ESSE MALDITO PORTO ESTÁ LEVANDO NOSSAS RIQUEZAS E DEIXANDO PARA TRÁS UM RASTRO DE DESTRUIÇÃO QUE VAI DO LITORAL ATÉ AS SERRAS DAS MINAS GERAIS.
É de se imaginar que os diversos órgãos que concederam e concedem as licenças ambientais, só podem estar vendidos ou cegos diante de tantas evidências de impacto e destruição tanto antes quanto durante as instalações desse castelo de areia.
A praia do Açu deu nome ao porto e em contrapartida está sendo destruída por ele mesmo motivadas pela insensatez e falta de escrúpulos de seus idealizadores e daqueles que apoiam, acobertam, incentivam e se fazem de surdos, cegos e mudos diante de tanta destruição.
Que triste fim.
Chega de destruição.
SOCORRO!!!
Postar um comentário