"Comércio mundial desacelera e põe em dúvida a força da globalização".
Para quem sempre tentou alegar que o problema era estritamente do e no Brasil. Parece cada vez mais evidente a chegada do refluxo dos chamados ciclos longos da economia capitalista.
A fase de acumulação e geração de excedentes vai sendo substituído, pelo período de retração, onde a redução de custos e busca pelo aumento da produtividade, vai gerando as fusões e oligopolizações que adiante darão as bases para novas fases de acumulação.
As nações enfrentam e sofrem de maneira diversa este processo. Os setores da economia também são afetados de maneira diversa, uns mais outros menos. Vou adiante comentar sobre o petróleo. Não é preciso dizer quem ganha e quem perde, ainda, nesta fase. Vejam abaixo pequenos trechos selecionados da matéria do WSJ:
"As exportações do EUA caíram 5,6% de janeiro a julho. O valor das exportações sul-coreanas recuou 14,7% em agosto ante o mesmo mês de 2014, a maior queda em seis anos, em face da retração nas vendas para a China. Já as importações chinesas em dólar recuaram 13,8% no mês passado em relação a um ano atrás. Em julho, a queda foi de 8,1%."
"Pelo terceiro ano consecutivo, a taxa de crescimento do comércio mundial deve ficar atrás da já lenta expansão da economia global, segundo dados da Organização Mundial do Comércio e projeções de economistas destacados. Antes dessa queda recente, o último ano em que o comércio teve um mau desempenho durante uma expansão econômica foi em 1983."
“Nós tivemos essa explosão da globalização e agora estamos em um ponto de consolidação, talvez retração”, diz o economista-chefe da OMC, Robert Koopman. “É quase como se a correia dentada da máquina do crescimento global estivesse um pouco fora de sincronismo ou os cilindros não estivessem trabalhando como deveriam.”
Desde a forte recuperação de 2010, depois da crise financeira, o comércio registrou um crescimento anual médio de apenas 3%, comparado com 6% entre 1983 e 2008, segundo a OMC."
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