Em função disto, os seus trabalhadores que estavam sob contrato provisório há dois meses e aguardavam a renovação do acordo inicial entre as empresas foram demitidos. Assim, a Spassu teria recebido comunicado da Petrobrás nesta semana informando a não renovação do contrato.
Foto do Sindipetro-NF |
A Spassu teria em seus quadros cerca de 1.050 trabalhadores, a maioria de nível superior, engenheiros, contadores e outros profissionais, que atuavam no setor administrativo da Petrobras em Macaé foram mandados embora.
Em comunicado, o Sindipetro-NF informou que tomou conhecimento da situação dos trabalhadores da Spassu que prestam serviço para a UO-BC, CPM, através de contrato com o compartilhado e que cobraria na reunião com a diretoria da Petrobrás no Rio de Janeiro, uma posição sobre esse contrato:
"entendemos que mais de mil trabalhadores não podem ir para a rua, sem ao menos saber o porque dessa realidade. São pessoas que exercem suas atividades há muito tempo para a Companhia" - disse o diretor do NF, Marcelo Abrahão".
De outro lado, o blog recebeu de um trabalhador da Spassu um email informando sobre a situação e dando mais detalhes sobre o problema e solicitando que seu nome não fosse divulgado, embora de conhecimento do blog:
"Antes de mais nada, vou te contar a história para entender que o problema não é a Spassu.
O contrato de Apoio a Gestão da Bacia de Campos, que atende as gerências da Petrobras em Macaé e uma parte de Vitória, Santos e Rio de Janeiro, era executado pela Manchester Serviços. Como o contrato iria terminar em Junho/2015, no inicio do ano se lançou um edital para dar continuidade a prestação do Serviço. Ai que entra a Spassu... a vencedora da Licitação.
Como o contrato vigente estava acabando e o da licitação não tinha sido assinado pela Petrobras, a mesma se propos a um contrato de emergencia, conhecido tambem como contrato tampão, porém, a Manchester sinalizou não ter interesse em dar continuidade.
Como a Spassu tinha ganhado a licitação, a Petrobras a procurou para saber se ela poderia colaborar com o processo, assumindo esses 60 dias (30 renovaveis por +30) até que o contrato definitivo fosse assinado.
Disposta a colaborar, a Spassu ganhou, porém, na quinta (03/09) o contrato de emergencia iria acabar e a Petrobras ainda não tinha assinado o contrato definitivo, ou seja, a Spassu não teria como bancar toda a estrutura, pois é um custo bem alto, referente a 1050 colaboradores e por isso foi obrigada a demitir todos.
Nessa terça-feira que está por vir (08/09) terá uma reunião da Diretoria da Petrobras e um dos itens da pauta é a assinatura desse contrato, que pode ou não pode ser assinado.
Estamos na esperança que a Diretoria assine o contrato na sexta e dessa forma a Spassu poderá reverter a situação, recontratando o pessoal, mas acreditamos que a Petrobras irá exigir um corte de 30% do valor do contrato, porém, isso é especulação... não tem nada oficial.
Os serviços prestados é de Apoio a Gestão, onde se trabalha no planejamento e acompanhamento de operações (Revestimento, Cimentação, Planejamento de Projetos de Poços, Completação, Avaliação, Perfilagem, Fluidos, etc), planejamento e acompanhamento de atividades e custos das intervenções dos poços (perfuração, completação e workover), suporte a gestão de contratos, suporte gestão de SMS, entre outros."
Um comentário:
Sou um dos demitidos desse contrato. Apos 10 anos na Petrobras, o reconhecimento pela dedicaçao e competencia (modestia à parte, muito maior que a de muitos concursados) é esse descarte frio. Caos instalado para quem fica, desespero de 1000 pessoas procurando emprego ao mesmo tempo, num segmento ja em crise e num país em recessão. Palmas para os diretores! Mostram seu preparo para gerir em momento de crise. Quem esta lá sabe a solução que eles dão: depois promovem uma palestra sobre responsabilidade social e está tudo resolvido!
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