O processo da OSX corre na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Suas dívidas são superiores a US$ 2,7 bilhões, hoje R$ 10,5 bilhões.
Para ser mais preciso, a OSX acabou também se transformando numa holding de capital aberto, OSX Brasil divida em três empresas: OSX Construção Naval; OSX Serviços e OSX Leasing. A OSX Leasing dona das plataformas que trabalhavam para a OGX é na verdade uma empresa internacional e ficou fora da recuperação judicial. Sozinha a OSX Leasing tem dívidas superiores a US$ 1,3 bilhão. São credoras da OSX, a Acciona, Techint, Caixa Econômica Federal e Banco Votorantim.
Enquanto isto, o processo de recuperação judicial da OGPar (ex-OGX) corre na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Suas dívidas registravam quando do auge a crise da empresa, entre 2013 e 2014, a quantia de US$ 5,8 bilhões. Quantia que seria hoje equivalente a R$ 22,62 bilhões. Junto, as dívidas da OSX e OGX somariam hoje R$ 33,1 bilhões.
Porém, uma parte da dívida da OGX (atual OGPar) foi convertida em títulos e novas ações, entregues aos seus credores. O atual valor da dívida em reais da OGPar já seria maior do que a registrada no processo de recuperação, da ordem de R$ 12 bilhões.
Isto se dá, por conta do fraco desempenho da produção no campo de Tubarão Martelo, comentado em nota aqui do blog, no último dia 4/10, quando foi informado sobre a desmobilização do FPSO-OSX-1que seria vendido em partes na Noruega.
Área da obras interrompidas da UCN - OSX no Porto do Açu |
A OGPar (ex-OGX) deixa um rastro de problemas junto aos seus acionistas e credores, mas não possuía base operacional junto ao Porto do Açu. O caso da OSX é diferente, porque ela tinha uma área de 3,2 milhões de m² arrendada por 40 anos, de forma renovável a ser paga por m², junto à Prumo (ex-LLX) onde construía a Unidade de Construção Naval (UCN - estaleiro) que teve sua implantação interrompida.
Assim, a Prumo se tornou mais uma credora da OSX. Na área junto ao canal do Terminal T2 do Porto do Açu, os galpões e todas as ferragens e equipamentos estragam por conta da maresia e falta de proteção, por estes mais de dois anos de desmobilização do canteiro de obras de implantação do estaleiro da OSX.
Desta forma, também as compensações ambientais, decorrentes dos impactos socioambientais, gerados pelo empreendimento deixaram de ser pagos.
De uma das parcelas de R$ 34 milhões destas compensações ambientais, que citamos em nota aqui, no dia 9 de outubro "Cadê o dinheiro das compensações ambientais do Porto do Açu?", o blog obteve a informação de que um total de R$ 20,6 milhões (60%) - só desta parcela - não foi paga, e nem transformada em ações ambientais e sociais.
No ano passado, depois de um ano da interrupção das obras do estaleiro, a Secretaria de Estado de Ambiente (Sea) e Inea solicitaram ao juiz a inserção desta dívida, como crédito no processo de recuperação judicial da OSX.
Ou seja, além das dívidas financeiras, a OSX deixa no Açu os impactos decorrentes da implantação iniciada e interrompida, sem que as compensações socioambientais tivessem sido realizadas. Mais um sofrimento para a comunidade. Sobre as compensações ambientais do Porto do Açu, do DISJB, da OGX, etc. ainda não temos informações, mas as fontes continuam contribuindo.
2 comentários:
OSX já apresenta resultado positivos no segundo semestre de 2015(mesmo em recuperação judicial), IDIOTA E FACISTA QUEM FALA QUE AS EMPRESAS DO SÃO UMA MERDA, ou que o Eike está falido com seus poucos bilhões(só pode ser sacanagem dessa midia escrota) TODOS OS SETORES das X SÃO ESTRATEGICOS, o que acontece é que quanto menor o número de concorrentes melhor. Não sei porque alguns imbecis(digo mais essa midia que parece mosca em cima do bumbum do neném) torcem para um brasileiro amante do BR e do RJ principalmente se f... vai entender, esses merecem ser escravizados, roubados enfim td. de ruim CAMBADA DE FDP
nada como um dia depois do outro, para esse ilustre comentarista.♥
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