Leia aqui nota do blog no dia 08/10 que chama a atenção sobre a entrada de tradings e fundos financeiros em negócio de infraestrutura no Brasil.
Em outra nota aqui, no mesmo dia, o blog chamou a atenção para o processo que segue avançando, desde a crise do grupo X, onde o controle acionário de suas empresas foi sendo transferido para o setor financeiro (fundos internacionais) e tradings que atuam no comércio e logísticas de transporte das mercadorias na economia global.
Em nota aqui, no dia 12/09, em que foi informado sobre empréstimo que a Prumo contratou com o fundo americano EIG sua principal acionista e que agora foi transferido para a Brookfield Infrastructure. (Veja aqui nota do blog ontem sobre dívidas das duas empresas do grupo X, OGX (atual OGPar) e OSX)
A participação de tradings e fundos financeiros em investimentos de infraestrutura portuária interfere no comércio internacional, na medida que estas corporações globais passam a ter condições de interferir nos preços das commodities e demais mercadorias comercializadas na economia global.
Estes casos que envolvem os portos no litoral fluminense, desde o Porto do Açu, Porto Sudeste em Itaguaí, passando ainda pelos terminais dos portos do Rio e Niterói, na Baía de Guanabara, vinculados não apenas à circulação de mercadorias, mas também de apoio às embarcações de apoio à exploração offshoore de petróleo, ampliam a relação, dependência e vinculação que passamos a ter destas corporações globais. (Veja aqui nota que o blog postou no dia 12/10, sobre a entrada em operação do Porto Sudeste e sobre a importância dos portos na economia fluminense)
As corporações globais na contemporaneidade são diferentes daquilo que antes chamávamos de multinacionais. Estas se ajustavam aos custos e à realidades dos países onde operavam. Já estas corporações globais atuam e tomam decisões como se o mundo fosse um único espaço, se desvencilhando da noção de sedes. Desta forma, definem suas próprias lógicas de faturamento e lucros.
Assim, reagem a regulações e ao controle das políticas nacionais. Neste quadro, a relação com o local e regional praticamente inexistem. Desta forma, os portos e os vários modais de transporte ferroviário e rodoviário que lhe dão acesso, se transformam naquilo que já estamos vendo: apenas corredores de fluxos com quase nenhum diálogo com as cidades e estados.
Assim, é possível ainda identificar que a chamada "internacionalização a região" se dá de uma forma diversa do que já se viu no passado e, cada vez mais subordinada e dependente, sendo menos "arrastada" pelo que os especialistas chamam de "externalidades" que tendiam acompanhar estes grandes projetos de investimentos em infraestrutura. Seguimos em frente acompanhando.
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