Diante de uma série de fatores, especialmente o câmbio, maiores volumes de produção e aumento de produtividade, a Vale conseguiu reduzir seu custo de produção que inclui extração, beneficiamento e logística até o porto para menos de US$ 10 a tonelada. Isto mesmo antes do início da produção de seu novo e automatizado projeto S11D, em Carajás, no Pará.
Com este valor até surpreendente, a Vale, como maior produtora e exportadora mundial de minério de ferro, consegue manter o enfrentamento suas concorrentes diretas, as australianas Rio Tinto e a BHP Billiton que estão mais próximas dos maiores mercados consumidores, a China e toda a Ásia. O minério brasileiro e australiano são considerados de melhor qualidade pelo percentual de ferro.
Há um excesso de oferta de minério de ferro no mundo que contribui para a redução atual do preço que deverá levar a uma maior redução no preço e o afastamento de projetos com maiores custos de produção.
A Vale deverá produzir este ano cerca de 340 milhões de toneladas. Com a entrada em operação do S11D ano que vem, o custo de produção médio pode abaixar ainda mais dos atuais US$ 10, assim como o volume total de produção da Vale.
Ao mesmo tempo, no último dia 13 de agosto, o Ministério da Fazenda, através da Procuradoria Geral da fazenda nacional (PGFN) ao divulgar os donos das maiores dívidas ativas com o governo, listou, mais uma vez a Vale com o débito de US$ 41 bilhões, de um total de R$ 392 bilhões dos 500 maiores devedores, inscritos na Dívida Ativa da União. (Veja aqui)
Resta ainda saber como ficarão no Brasil, os demais projetos de exploração e exportação de minério de ferro diante da performance alcançada pela Vale. A Anglo American com o projeto do Porto do Açu é uma das mineradoras atuantes no Brasil que deverá sofrer pressões diante desta realidade. A conferir!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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