quarta-feira, novembro 25, 2015

Efeito do declínio da produção da Bacia de Campos nas parcelas dos royalties

Nas quotas mensais dos royalties do petróleo pagas neste mês de novembro (18/11) é possível ampliar a percepção sobre os impactos da redução da produção de petróleo na Bacia de Campos.

Mesmo com o preço do barril do petróleo mais baixo, o município de Niterói recebeu R$ 1,6 milhão a mais, do que no ano passado. Para lembrar, em novembro do ano passado o barril estava a US$ 57, enquanto hoje, ele está cotado a US$ 45, ou seja, cerca de 20% menor.


Em novembro do ano passado a quota mensal de royalties de Niterói foi de R$ 10,1 milhões e neste ano de R$ 11,7 milhões. Enquanto isto, Campos recebeu em novembro de 2015, comparado a novembro de 2014, menos R$ 19,2 milhões e Macaé menos R$ 12,7 milhões.


A manutenção do baixo preço do barril por mais tempo tende a reduzir ainda mais o potencial da Bacia de Campos que já ultrapassou 80% da produção nacional. Em setembro passado, este percentual já tinha caído para 64%, com tendência de declínio.

Os campos de Roncador, Albacora e Marlim (veja mapa acima) é que ainda sustentam este percentual, mas os custos de produção, comparados aos excelentes resultados de produtividade dos poços do pré-sal, tornam os investimentos no pós-sal, da Bacia de Campos, não competitivos.

PS.: Atualizado às 15:34: para ajustes e correções no texto.

3 comentários:

Anônimo disse...

Professor,
É lógico que não é possível fazer uma previsão exata sobre o assunto, já que são muitas questões econômicas, ambientais e políticas envolvidas nesse processo, mas o senhor acredita que o preço do barril do petróleo possa voltar a pelo menos 60 ou 70 dólares em 2016? Ou o senhor acha que pelo menos até 2017 o preço do barril não ultrapassa 50 dólares?
Obrigado.

Roberto Moraes disse...

Como você já disse são muitas questões envolvidas e difíceis de serem previstas. A tensão de volta ao Oriente Médio parece ser a única razão para que o preço do barril volte a passar de US$ 50 antes do final do ano que vem.

Anônimo disse...

Obrigado e abraço.