Nas quotas mensais dos royalties do petróleo pagas neste mês de novembro (18/11) é possível ampliar a percepção sobre os impactos da redução da produção de petróleo na Bacia de Campos.
Mesmo com o preço do barril do petróleo mais baixo, o município de Niterói recebeu R$ 1,6 milhão a mais, do que no ano passado. Para lembrar, em novembro do ano passado o barril estava a US$ 57, enquanto hoje, ele está cotado a US$ 45, ou seja, cerca de 20% menor.
Em novembro do ano passado a quota mensal de royalties de Niterói foi de R$ 10,1 milhões e neste ano de R$ 11,7 milhões. Enquanto isto, Campos recebeu em novembro de 2015, comparado a novembro de 2014, menos R$ 19,2 milhões e Macaé menos R$ 12,7 milhões.
A manutenção do baixo preço do barril por mais tempo tende a reduzir ainda mais o potencial da Bacia de Campos que já ultrapassou 80% da produção nacional. Em setembro passado, este percentual já tinha caído para 64%, com tendência de declínio.
Os campos de Roncador, Albacora e Marlim (veja mapa acima) é que ainda sustentam este percentual, mas os custos de produção, comparados aos excelentes resultados de produtividade dos poços do pré-sal, tornam os investimentos no pós-sal, da Bacia de Campos, não competitivos.
PS.: Atualizado às 15:34: para ajustes e correções no texto.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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3 comentários:
Professor,
É lógico que não é possível fazer uma previsão exata sobre o assunto, já que são muitas questões econômicas, ambientais e políticas envolvidas nesse processo, mas o senhor acredita que o preço do barril do petróleo possa voltar a pelo menos 60 ou 70 dólares em 2016? Ou o senhor acha que pelo menos até 2017 o preço do barril não ultrapassa 50 dólares?
Obrigado.
Como você já disse são muitas questões envolvidas e difíceis de serem previstas. A tensão de volta ao Oriente Médio parece ser a única razão para que o preço do barril volte a passar de US$ 50 antes do final do ano que vem.
Obrigado e abraço.
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