Ainda em meio aos destroços de Mariana e a agonia do Rio Doce, a mineradora Samarco já pensa no plano para restabelecer a empresa, antes de saber se terá de volta licença para operar a unidade de Germano em Mariana.
Pensando em termos de mercado, a Samarco pretende manter o nicho importante de mercado que possui em pelotas de minério de ferro que tem mais valor que o produto sob a forma de "grãos".
A empresa possui 4 unidade de pelotização, na localidade de Ubu, município de Anchieta, em espaço contíguo, onde se situa, o porto, por onde fazia as exportações, até o trágico rompimento da barragem de rejeitos, no último dia 5 de novembro.
Informalmente técnicos da empresa já falam em plano que estão sendo detalhados e envolvem a aquisição de minério de terceiros para alimentar as atividades no Espírito Santo e assim garantir parte que seja de sua pauta de exportações.
Ainda não se fala em quais mineradoras, mas é quase certo que uma delas seria a própria Vale, outra ainda não foi comentada. Neste caso, o principal empecilho é a logística para levar o minério até o município de Anchieta, já que antes ele era transportado da mina até o porto através de 3 minerodutos. Até o Porto de Tubarão, em Vitória, a Vale usa a ferrovia. Porém, é difícil imaginar transporte de grande quantidade de minério por caminhões.
Sem trocadilho, Vale observar como as ações relativas ao capital agem em velocidades bem superiores às capacidades de investigação sobre o dano e sobre e reparos pelos estragos feitos ao ambiente e ás pessoas que ali viviam.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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