terça-feira, dezembro 22, 2015

Turismo no ERJ: por que o estado como um todo não se beneficiará da política de eventos

O município do Rio de Janeiro registrou 78,5 pontos no Índice de Competitividade do Turismo Nacional 2014, resultado referente ao nível 4 (em uma escala de cinco níveis, divididos entre 0 e 100 pontos), que a posicionou em 4ª lugar no ranking do índice geral.

A capital do ERJ se destaca em algumas dimensões, como Atrativos turísticos e Capacidade Empresarial (em ambas o destino aparece em primeiro lugar no ranking), além de Serviços e Equipamentos Turísticos, Economia Local e Aspectos Culturais (2º lugar no ranking), mas não figura entre as dez mais bem colocadas em outras, como Cooperação Regional, Políticas Públicas, Marketing e Promoção do Destino, Monitoramento e Aspectos Sociais. 

Outros quatro destinos turísticos do interior do ERJ foram inseridos no estudo e a ordem de classificação, baseada nos mesmo critérios citados acima são:

- Petrópolis: 70,4 pontos (nível 4). - destino não capital que mais evoluiu no referido ano; 
- Angra dos Reis: 60,4 pontos - nível 3;
- Armação dos Búzios: 53,7 pontos - nível 3;
- Paraty: 48,9 pontos - nível 3. 

Estes dados constam do Mapa Estratégico do Comércio (2015-2020) e, no que diz repeito ao turismo, mostram que, apesar do potencial desses destinos, ainda há espaço para incremento, melhorias e maior aproveitamento da atividade turística no estado, ainda muito mal aproveitado. O estudo utilizou 219 classes da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0).

Mapa das regiões turísticas do ERJ


Ainda segundo o estudo feito pela FGV, o setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado do Rio de Janeiro reúne mais de 349 mil estabelecimentos,3 que respondem por 38,4% do Valor Adicionado do Estado e representam 62,2% dos estabelecimentos fluminenses.

O turismo gera cerca de 2 milhões de empregos formais, que equivalem a 42,6% dos postos de trabalho formais no estado. Um número grande, embora com muitas funções precarizadas e mal remuneradas. 

Num período entre Copa do Mundo e Olimpíadas, em que teoricamente as oportunidades seriam para todo o estado, e não só apenas para a capital, parece que está passando relativamente despercebidos.

São poucas as ações para tentar arrastar este potencial para outras partes do estado a partir deste eventos que apenas enricam mais os barões do setor. Daí que não é difícil intuir que os resultados gerais para todo o estado serão muito menores do que o que se projetou, apesar dos bilhões gastos na organização deses eventos que passou um "modelo de fazer cidade". A conferir!

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