Neste volume, o Brasil terá o segundo maior crescimento de produção de petróleo do mundo nos próximos cinco, só atrás dos EUA, dentre os países que não são da Opep. Outros dados do relatório comentamos em nota abaixo (ver aqui).
O destaque do relatório da AIE para o Brasil é o pré-sal, como não poderia deixar de ser, em especial o campo de Libra. Vale conferir aqui a nota do blog sobre o início da operação do FPSO Cidade de Maricá e do gasoduto submarino Rota 2, o de maior extensão no Brasil.
O relatório da AIE fala ainda sobre a estimativa de aumento de demanda de petróleo no Brasil, diante do cenário atual de freagem das atividades econômicas. Assim, a AIE prevê um aumento de consumo de gasolina equivalente, de 1,0 milhão de barris para 1,1 milhão de milhão de barris por dia e um crescimento do uso do etanol, por conta da mistura com o diesel que passará de 7% para 10%.
Pelo Plano de Negócios e Gestão da Petrobras (PNG 2015-2019) se tem um previsão de uma produção em 2020 de 2,7 milhões de barris por dia. Considerando que a estimativa da AIE leva em conta a produção não apenas da estatal, mas também de outras petroleiras no país, a estimativa total de 3,36 milhões de barris por dia, parece estar dentro do cenário, tendo em vista a atual fase de baixa do ciclo do petróleo.
Vale ainda recordar a postagem que fala de todo o relatório da AIE (aqui) fez previsão de apenas 4,1 milhões de barris por dia (mb /d) sendo adicionados a oferta global de petróleo entre 2015 e 2021, bem abaixo do crescimento total de 11 mb/d do período 2009-2015.
Considerando todo os produtores, o destaque é do Irã, que depois da suspensão das sanções deverá liderar os de produção de petróleo em 2,9 milhões de barris por dia, subindo de 1 mb/d para 3,9 mb/d em 2021.
O outro destaque seria os EUA que pela AIE deverá atingir a liderança mundial de produção em 2021 com cerca de 14,2 milhões de barris por dia. Em 2015, a produção de petróleo nos EUA foi de 9,7 milhões de barris por dia. A conferir!
PS.:Atualizado às 22:55: Para inserir a informação de que a produção a mais de 836 mil barris de petróleo até o ano 2021 é diário.
9 comentários:
Dilema da Petrobrás quebrada:
1 - Mega capitalização pelo governo (que também não tem dinheiro)
2 - Vender pertes da empresa para se capitalizar e tentar sobreviver até que o petróleo volte acima de pelo menos US$ 50.
Será que a Petrobrás será reestatizada? A privatização promovida pelo PT parece que só funcionou para membros do partido.
Deve ser por isto que a AIE prevê este crescimento todo. rs rs
Quem se disse surpreendida com os resultados em meio ao tiroteio interno e à crise dos baixos preços foi a AIE. Brigue com o relatório da agência. rs rs
Xi, só que os dois se esquecem de algumas variáveis:
1 - Irã volta ao mercado.
2 - Se o Brasil vai aumentar sua produção (qualquer centavo a mais ajuda pra pagar uma dívida de meio trilhão de dólares).
3 - Preço do petróleo não deve subir dado aos itens 1 e 2.
O litro da gasolina em alguns postos do Rio já batem R$ 4,19 fácil e isso mais a queda acentuada do consumo de combustíveis pelo empobrecimento das famílias e desemprego também ascendente, como isso vai resultar em lucro para a companhia?
Tá difícil. A pessoa não lê a nota e muito menos o relatório da AIE e sai defendendo a entrega das reservas e...
Está claro em ambos que a análise e estimativa da AIE já leva em conta o aumento da produção e venda de petróleo pelo Irã, de 1 milhão de b/d para 3,9 milhões b/d, quanto o aumento na demanda por combustível no Brasil para os próximos cinco anos na previsão feita. Que aliás vai até 2021, como mostrei do relatório da AIE, inclusive dizendo que a subida de preço e o reequilíbrio do mercado deve se dar até 2021.
É possível discordar, problematiza e até defender a proposta entreguista do Serra. Porém, é preciso ter argumentos para um e outro.
Tá difícil.
Caro Roberto.
Os meus argumentos não lhe interessam, a não ser que seja os mesmos que do senhor. É da sua natureza, fazer o quê...
Os meus argumentos não lhe interessam. É da sua natureza. fazer o quê?...
A grande questão que envolve esses cretinos é recorrente:
Eles tentam empurrar uma "certeza técnica", uma "necessidade fática irreversível", "uma ordem natural do mercado", desprezando o óbvio:
Como se determinará a exploração de reservas e quem fará essa exploração depende de uma orientação política (geralmente consagrada pelo VOTO).
O desespero para vender as escolhas deles como "não-ideológicas", ou "apolíticas" esconde aquilo que ninguém quer dizer em público:
Querem torrar tudo rápido, para o beneficio de poucos (a classe mé(r)dia adora se imaginar legatária dos interesses dos mais ricos, como prostituta das classes que é), engatado na visão "globalizante" que nada mais é que a estadunidização (ou no máximo europeização) do mundo.
Quem iria a público dizer isso? Ninguém, então, latem que a Petrobrás está quebrada, corrompida e inútil. Depois rosnam que somos incapazes, que a eficiência não ora por aqui (e sim vem de fora) e etc.
Sempre a mesma cachorrada. Sempre lambendo o saco dos cachorros maiores (a elite e os de fora).
Dentro dessa perspectiva, é óbvio que nenhum argumento que produzamos aqui será ceito ou compreendido.
Esse é o pessoal da "Petrobrax". Com esse pessoal não há conversa possível.
Só que está cada vez mais difícil, porque o embotamento intelectual que esse pessoa sofre os leva ao nível de indigência. Antes tínhamos gente mais qualificada tentando explicar o inexplicável, agora só esses pobres imbecis da internet (como bem observou o saudosíssimo Umberto Eco).
Um dia, sr. Da Matta, o senhor vai poder me chamar de cretino na minha cara, pode ter certeza.
Ansioso...mas se de tudo que falei, o Sr só se incomodou com o "cretino", aí eu digo: são piores que imaginei.
Quanto à indigênciua intelectual (que eu consideraria, isso sim, uma ofensa) o cretino assinou embaixo...
Santa Madre de Dios...ui, que mêda!
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