O blog em contato com pessoas da comunidade de Conceição de Mato Dentro, MG, onde localiza a mina de minério de ferro e o início do mineroduto que chega ao Açu, sobre a crise e a venda dos ativos na Anglo American no Brasil, recebeu informação de que a própria empresa, já admitiu a demissão de 220 trabalhadores. Abaixo a matéria do jornal De Fato Online:
"Anglo American se manifesta sobre demissões"
"Após publicação de matéria nessa quarta-feira, 3 de fevereiro, sobre a possibilidade de demissão de 300 funcionários da Anglo American em Conceição do Mato Dentro, a assessoria de comunicação da empresa entrou em contato com a redação de DeFato Onlinepara se posicionar sobre
a situação.
De acordo com a empresa, as demissões realmente ocorreram, mas não chegam a 300, como disse o presidente do Sindicato Metabase, Paulo Soares de Souza. Segundo a mineradora, foram dispensados, no dia 1º de fevereiro, 220 pessoas. Contudo, as rescisões não são só em Conceição do Mato Dentro, mas no projeto Minas-Rio em geral.
Leia, na íntegra, o posicionamento da Anglo American:
A Anglo American informa que efetuou, no dia 1º de fevereiro, o desligamento de cerca de 220 empregados da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da empresa devido ao atual cenário do setor de mineração, com baixas constantes nos preços dos produtos e alta instabilidade do mercado global. Por causa desse contexto, a companhia está conduzindo uma ampla reestruturação com foco em redução de custos, o que tem culminado na realização de revisões orçamentárias e redução no quadro de funcionários.
A empresa lamenta a perda desses profissionais, no entanto ressalta que a execução da medida foi necessária para a continuidade do negócio de minério de ferro. Todos os desligamentos foram planejados e conduzidos com extremo cuidado e respeito às pessoas.
Os empregados desligados atuavam no Sistema Minas-Rio, operação de minério de ferro localizada nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro e atualmente em fase de ramp-up."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
Bom dia. A propósito das reclamações de custo Brasil pelas empresas, temos alguém competente para informar o custo global de cada vaga de trabalho aberta pelas corporações? Esse ônus (desapropriação, remanejamento de espécies, poluição, impactos sociais e ambientais sobre segurança, habitação, saneamento, educação e transporte,etc) são frequentemente suportados em maior ou menor grau pelo Estado, ou seja, contribuintes... A propósito, qual grande projeto - público ou privado - gerou satisfação e qualidade de vida para a população do entorno e agregados à sua cadeia produtiva? Suponho que as S.A.'s em suas missões de atender ao interesse dos acionistas, avançaram a precarização, exploração e concentração de riqueza, atuando ferozmente sobre governos, mídia e entidades 'sociais'... Somente uma reflexão, carente de melhores fundamentos.
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