Os empréstimos foram via dois bancos chineses: Eximbank e Banco de Desenvolvimento. O valor de US$ 10,7 bi é o maior da América Latina e equivalente a um terço do total emprestado a empresas e governos do continente.
O valor do empréstimo é maior do que os empréstimos concedidos ao Brasil pelo Banco Mundial e BID somados. O fato mostra a mudança já em curso, nas relações desenvolvidas pelo Brasil com o exterior, não apenas no destino das exportações, mas no financiamento concedido a empresas brasileiras.
Esta realidade é ainda mais simbólica se for observado as tratativas em curso, para investimentos em diversos projetos de infraestrutura, especialmente ferrovias e também portos. O fato pode também ajudar a explicar pressões em curso, de diversas naturezas.
O empréstimo concedido à Petrobras de US$ 8,2 bilhões teria como acordo o pagamento em barris de petróleo. Não há informações se acordo de empréstimo teria como referência um valor do barril de petróleo, ou apenas o produto.
Diante da hipótese de não ter referência no valor do barril, o acordo seria bastante interessante para a Petrobras, considerando a redução do valor do barril e o peso do endividamento da empresa.
Fonte da informação que gerou os comentários do blog: estudos divulgados em Washington e publicados em matéria do Valor Online aqui.
PS.: Atualizado às 01:42: Diante deste quadro de empréstimo de US$ 8,2 bilhões à Petrobras, caberia perguntar para aqueles que diariamente fazem pouco caso da estatal: será que os chineses seriam bobos?
Considerando que o presidente (CEO) mundial da Shell afirmou taxativamente que um dos principais motivos da compra por US$ 70 bilhões da petroleira britânica oficializada no final do ano, seriam os ativos que esta possui no Brasil, poderíamos voltar a perguntar: seria a Shell ignorante em termos de investimentos na área de petróleo?
Ou a China e a Shell estariam erradas e os colunistas econômicos da mídia comercial brasileira corretos em suas "isentas" análises? O blog deixa a resposta para o leitor/colaborador do blog.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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4 comentários:
Professor, seu ponto de vista é tendencioso. Os chineses não são bobos, eles não emprestaram a grana confiando no potencial da Petrobras, mas em caso de calote quem irá assumir a dívida é a União, visto que a Petrobras é uma empresa mista, com maior porcentagem estatal. Com certeza que o governo deu garantias de pagamento em caso de calote da Petrobras. Acho contraditório da sua parte querer defender a Petrobras pelo fato do vultoso emprestimo que ela contraiu. Como você falou, os chineses não são bobos, nem os leitores.
O comentarista se julga neutro para emitir seu juízo.
O blog já cansou de dizer que a neutralidade é um mito, tanto quanto os bobos.
O comentarista se julga neutro para emitir seu juízo.
O blog já cansou de dizer que a neutralidade é um mito, tanto quanto os bobos.
nao seja bobo e claro que China queria comprar petroleo..hoje praticamente inviavel a operacao
30 dias de viagem a usd 13.000 a 25.000 dia preco do barril usd 35...
seria prejuizo.. mas um negocio mirabolantes com os parceiros chineses....
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