As flutuações de preço do barril de petróleo seguem sugerindo manipulações sobre o mercado, aparentemente, mais que notícias e fatos.
Na última sexta-feira o valor subiu o percentual de 12%, um dos maiores, para um único dia. Os argumentos eram o de sempre: redução de estoques e um possível acordo entre a Opep e a Rússia para conter a produção e assim, reduzir ou zerar, o excesso diário de produção que hoje atinge a cerca de 1,75 milhões de barris por dia.
Por trás disso estão as tradings e os bancos que controlam o comércio do petróleo, que até aqui, vinha sendo feito feito exclusivamente em dólar e agora Rússia e China estão mudando esta realidade.
Neste campo é difícil separar o que é fato do que é notícia "plantada". As notícias veiculadas geram lucros e por isto sua divulgação é sempre muito bem remunerada.
Como há quem ganhe, há também os que perdem. Invariavelmente, grandes corporações, oligopólios e bancos de um lado e pequenos, médios investidores e menores petroleiras de outro.
É neste cenário que hoje, até aqui, o barril de petróleo brent, abriu valendo US$ 32,81 e chegou a US$ 34,39.
Para quem não conhece o assunto em detalhes, saiba que a maior trading do setor de petróleo, negocia diariamente, a bagatela de mais de 5 milhões de barris de petróleo por dia, quase o dobro de toda a produção brasileira de petróleo.
Com este volume é possível entender como se pode interferir nos preços e fluxo da commodity petróleo. Continuamos acompanhando o ciclo.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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