Ontem os estoques de petróleo dos EUA chegaram a 518 milhões de barris, o maior em 8 décadas, ou seja, desde 1930, incluindo o período da 2 Guerra Mundial.
O excesso de produção não para de gerar novos formas de estocagem. Assim, o petróleo está sendo guardado não apenas naqueles enormes reservatórios circulares de aço, mas também em cavernas subterrâneas de sal, em navios petroleiros (muitos estavam sem utilização, junto a portos e outros estão cheios e aguardando atracação em vários portos do mundo). Agora, além destes depósitos, o petróleo está sendo também armazenado em vagões de trens, estacionados junto às estações. Assim, apesar dos riscos, os comercializadores esperam lucrar aproveitando o baixo preço atual.
É importante raciocinar que quem estoca em condições digamos que mais precárias, não deve imaginar que o preço possa descer ou permanecer como está por muito tempo. Assim, é possível que já enxerguem no horizonte o limiar de um novo ciclo.
Fato é que o preço parece estar agora oscilando em novo patamar, um pouco acima do anterior. Porém, os fatos que agora estão ajudando a elevar o preço a este novo nível, parecem que ainda são frágeis e com alta volatilidade, num mercado altamente instável.
Fato é que o preço parece estar agora oscilando em novo patamar, um pouco acima do anterior. Porém, os fatos que agora estão ajudando a elevar o preço a este novo nível, parecem que ainda são frágeis e com alta volatilidade, num mercado altamente instável.
Um dos fatos surgiu depois da informação da manutenção do alto consumo da China. Outro, surgiu hoje, depois que se teve a confirmação feita pelo ministro do Petróleo da Nigéria, sobre uma próxima reunião da Opep, junto com outros países produtores, que estaria marcada para o próximo dia 20 de março, para novamente tentar acordar limites de produção.
Ou seja, ainda há enormes excessos de produção. Novas formas de estocagens dos excedentes estão sendo utilizadas e em proporção cada vez maior.
As petroleiras, mesmo realizando manutenções preventivas dos seus sistemas, para voltar a produzir mais e de forma mais eficiente quando os preços estiverem em patamares melhores, continuam produzindo muito e dificultando a vida dos produtores que possuem custos de extração mais altos. Na atual fase, estes chamados de "produtores marginais" estão sendo empurrados para fora do sistema.
A Arábia Saudita e a Rússia estão bombando sua produção, assim como o Irã, que aos poucos vai retomando sua produção. O Irã após a suspensão das punições saiu pelo mundo oferecendo seu petróleo, junto com possibilidades de implantação de refinarias locais, desde que as nações compradoras assumam o compromisso, em fidelizar a compra de seu óleo.
Nesta linha, pelo menos duas ofertas foram feitas. Uma na Espanha para construção de uma refinaria em Gilbratar e outra ao Brasil, para retomar o projeto das refinarias Premium I e/ou II, no Ceará e Maranhão. Assim, tudo indica que o Irã está caminhando para caminhar por fora de acordos de controle e limites da produção.
Desta forma, é possível intuir que o aumento de patamar do preço do barril de petróleo, não indique, no curto prazo, mudanças substanciais até o meio do ano. A não ser ocorrências de conflitos nas regiões produtoras. A conferir!
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