segunda-feira, março 14, 2016

Prumo informou à Bovespa desistência em fechar capital da holding que controla o Porto do Açu

Em comunicado (Fato Relevante) hoje pela manhã ao mercado, antes de sua abertura, a Prumo Logística S.A., controlada pelo fundo de investidores americano EIG, informou que desistiu da OPA (Oferta Pública de Ações - operação na qual um acionista ou uma sociedade informa sua pretensão de comprar uma participação, ou a totalidade das ações de uma empresa cotada em Bolsa).

O fato confirma desistência da Prumo em fechar o capital da holding que suspenderia a negociação de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Hoje, o fundo de investimentos americano EIG detém 74,3% das ações. Acima de 75% ele teria que exercer a compra das ações dos demais e suspender a negociação das ações na Bolsa de Valores.

Alguns investidores atribuem a mudança de posição ao que seria uma avaliação acima do esperado para o valor real da empresa, em laudo que o acionista controlador encomendou à consultoria Ernest Young e que agora, diante da desistência, a Prumo fica desobrigada de divulgar. Há outras interpretações para o fato.

Veja abaixo o texto (mal redigido) do fato relevante publicado pela Prumo:

FATO RELEVANTE
"Prumo Logística S.A. (“Companhia”) (Bovespa: PRML3), de acordo com o artigo 157, §4 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei n. 6404/76”), e nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) n. 358, de 3 de janeiro de 2002, conforme alterada, informa aos seus acionistas e ao mercado em geral, em relação à oferta pública de aquisição da totalidade de ações em circulação da Companhia para cancelar o seu registro de companhia aberta com a CVM‎ e de saída do segmento especial de listagem no Novo Mercado (“OPA”), que:‎

Em complemento ao Fato Relevante publicado pela Companhia em 29 de fevereiro de 2016, a Companhia e seus acionistas controladores (“Acionistas Controladores”) gostariam de esclarecer que, após entendimentos adicionais com a CVM e uma análise mais aprofundada do conteúdo da carta enviada pela CVM à Companhia e aos Acionistas Controladores em 26 de fevereiro de 2016 (“Carta CVM”), a CVM esclareceu à Companhia e aos Acionistas Controladores que a Carta CVM não tinha a intenção de interromper a OPA, mas de reforçar a importância de manter os acionistas da Companhia e o mercado informados da evolução da OPA e de fornecer uma orientação precisa à respeito da expectativa do prazo de conclusão da OPA.

Nesse sentido, conforme divulgado previamente no Fato Relevante de 29 de fevereiro de 2016, a aprovação de determinados bancos credores da Companhia (“Bancos”) é necessária para a implementação da OPA.

Nesse momento, considerando a impossibilidade de prever, e as incertezas relacionadas ao prazo da negociação com os Bancos para a obtenção da aprovação necessária para a OPA, nem a Companhia ou seus Acionistas Controladores conseguem dar uma previsão concreta quanto ao prazo solicitado pela CVM.

Considerando o acima exposto e considerando a contínua deterioração das condições de mercado, os Acionistas Controladores informaram à Companhia que decidiram cancelar a OPA.

Os Acionistas Controladores também informaram à Companhia que irão reembolsa-la por todos os custos e despesas por ela incorridos relacionados com a tentativa de OPA, nos termos da regulamentação existente.

A administração da Companhia esclarece que esse fato relevante é estritamente informacional e não constitui uma oferta de valores mobiliários.

Rio de Janeiro, 14 de março de 2016
Prumo Logística S.A."

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