Ontem, publicamos aqui e no perfil do blog no Facebook a informação sobre a decisão da agência de riscos Mooody´s sobre a redução das notas e classificação de três grandes petroleiras, Shell, Chevron e Total que causaram uma enorme surpresa, mesmo entre pessoas bem informadas sobre o setor, porque a notícia no Brasil ficou escondida nos pé de página dos impressos ou dos portais.
Pois bem, hoje se tem a notícia que outra agência de classificação de riscos, a Fitch Raings Inc. divulgará ainda esta semana, relatório que informa que 60% das empresa do setor de petróleo, sem nota de crédito, ou com baixas notas de grau de investimentos, serão classificadas como de risco de inadimplência. Segundo, a diretora da área de finanças da Fitch, Sharon Bonelli, "a situação está feia".
Os problemas globais do setor mostram a cada vez maior relação com o setor financeiro. Assim, a repercussão da fase de baixa do ciclo do petróleo repercute imediatamente sobre os bancos. Segundo matéria hoje do WSJ, os bancos devem cortar as linhas de crédito numa média superior a 30% para as petroleiras.
Desta forma, as empresas do setor de petróleo com menos créditos, terão ainda mais dificuldades para sair da atual situação, decorrente do excesso de produção e crescimento limitado da demanda por petróleo.
Apavorados com o atual quadro, os quatro maiores bancos americanos J.P. Morgan Chase & Co.; Bank of America Corp.; Citigroup Inc. e Wells Fargo & Co. se dispõem a manter algum crédito, mas ainda preocupados porque o petróleo segue em torno dos US$ 40, o barril, o que não oferece segurança e ou garantia para ter o dinheiro de volta.
Desde ontem, o barril de petróleo brent subiu para o patamar dos US$ 44, diante da expectativa da reunião da Opep junto com os produtores russos, para tentar chegar a um acordo sobre a limitação da produção aos níveis de janeiro.
Há dúvidas se este acordo vingará, porque estariam de fora do acordo outros grandes produtores. O movimento para um lado ou outro trará novas oscilações nos preços, mas não devem alterar na essência a dinâmica principal sobre novos investimentos no setor.
No médio prazo, digamos que de quase uma década, o quadro atual pode estar apontando, para uma nova fase de altos preços do barril de petróleo. Por isto, as reservas já existentes terão tanta importância. A conferir!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário