No dia 12 de abril passado, este blog postou aqui uma nota sobre o rebaixamento de notas de outras três grandes petroleiras: Shell, Chevron e Total. Na ocasião também comentamos que o assunto foi pouco abordado pela mídia comercial nativa, tão zelosa de alardear e até comemorar, quando o mesmo aconteceu com a Petrobras.
É evidente que a divulgação destes fatos reforçam a tese de que o problema com as petroleiras é global e como se sabe relacionado ao ciclo do petróleo e à fase de colapso dos preços, muito mais que os problemas de gestão da empresa.
A notícia anterior divulgada pelo blog e repercutida no perfil do Facebook gerou 2,2 mil compartilhamentos, que só poder ser explicada pela novidade que a notícia trazia, diante de tudo que se esconde nas pautas compradas da mídia comercial brasileira.
A Esso é a maior petroleira americana e quarta maior do mundo. A Shell é a oitava. A Chevron 11º, Total 13º e a Petrobras 14ª em produção no mundo. Em 2015, nesta condição de 4ª maior produção, a Esso alcançou o volume de 4,7 milhões boe/d. Nem assim, a notícia ganhará destaque e você sabe porque.
4 comentários:
Porém as outras não foram transformadas em instrumento de corrupção a serviço de interesses escusos de partido político. Não me conste tenha sua gestão aprovada operações ruinosas (como a notória Pasadena, para ficarmos apenas com uma das mais acachapantes) que, aliás, não receberam o devido destaque do distinto blogueiro.
Bobagem e mais do mesmo que se vê na mídia comercial. Os bandidos que roubaram a Petrobras e vinham roubando desde antes, no esquema de Dorneles e do FHC e que seguiram a trama devem ser punidos. Isto não impede que os esquemas de roubos nas players de petróleo deixem de acontecer em todo o mundo. Conversem com os gestores delas e verás como eles ocorrem. Sejam elas privadas ou estatais.
Os percentuais de desvios são quase os mesmos. Passadina mesmo com os roubos ainda assim foi vantajosa. Só idiotas não querem reconhecer isto. A Petrobras precisava de uma refinaria para processar petróleo pesado, ou se manteriam fazendo a troca entre o óleo leve e o pesado com deságio na ordem de 25%, percentual muito maior que os desvios cujos autores devem ser severamente punidos. Não identificar isto para quem acompanha o setor é querer apenas ficar pendurado nas narrativas da Globo e Veja.
O destaque do comentarista segue a destas mídias e evidentemente não pode concordar com o blogueiro.
Fato é que todas as petroleiras estão tendo perda de receitas. Foram nos últimos dois anos apenas menos US$ 560 bilhões em receitas. Foram dispensados 300 mil petroleiros em todo o mundo. A Esso triplicou sua dívida e viu seu lucro despencar 63% no 1º T de 2016 ao menor valor desde 1999, além de ter nota reduzida elas agências de risco como a Shell, Chevron e Rotal.
E o comentarista quer repetir as manchetes da Globo e da mídia comercial nativa?
Melhor ficar por lá com seu quadrado mental.
Nível de dívida contra redução de margem dado o preço do óleo aumenta-se o risco da operação.
Nada mais natural. Esso perde o rating AAA conquistado e mantido desde 1930 para o nível AA+.
O nível AA+ é um degrau abaixo da máxima e reflete o preço atual do petróleo sem perspectivas de alta no médio prazo.
Já a Petrobras encontra-se no rating BB com perspectiva negativa. Este rating reflete o grau especulativo da ação, ou seja, apenas investidores de alto risco ou especuladores compram esse tipo de empresa, já que a mesma segue sem transparência do tamanho dos desvios, sem a perspectiva de retomada na redução da dívida que segundo dados do Fundamentus sua dívida hoje é de exatos 2 vezes o patrimônio líquido.
Entre a Esso, Shell e outras citadas há uma larga avenida, mas talvez se eu fosse de esquerda e/ou militante o nobre blogueiro levaria em conta mas mesmo que eu fosse jamais encontraria esta resposta, quiçá talvez que a responsabilidade seja do Getúlio.
E a culpa é mesmo do PSDB que deveria ter reduzido a participação do governo a 49% e ficado apenas com os dividendos e hoje a empresa estaria dando lucro e não tendo de se capitalizar para cobrir o assalto que houve.
A turminha do mercado não se contenta em ler e repetir o mantra do mesmo quadrado mental. É por isso que vive desempregado e dependendo de favores e ainda assim julga que o deus mercado é que vai salvar o mundo pela meritocracia apesar de depender das heranças.
Evidente que as condições são diferentes entre as corporações.
Porém, interessa ao mercado (sempre e unicamente ele) esconder a fase de baixa do ciclo do petróleo para atribuir as baixas aos esquemas e roubos desde que Paulo Roberto Costa indicado por Dorneles na época de FHC.
No mundo as petroleiras perderam só no último ano segundo o FMI US$ 560 bilhões.
O próprio blog do professor trouxe n início do ano o ranking da Forbes a Petrobras como a 14ª em produção:
1- Saudi Aramco – 12 milhões boepd
2- Gazprom – 8,3 milhões boepd
3- National Iranian Oil Corp. – 6 milhões boepd
4- Exxon Mobil – 4,7 milhões boepd
5- Rosneft – 4,7 milhões boepd
6- Petrochina- 4 milhões boepd
7- BP – 3,7 milhões boepd
8- Shell – 3,7 milhões boepd
9- Petroleos Mexicanos – 3,6 milhões boepd
10- Kuwait Petroleum Corp. – 3,4 milhões boepd
11- Chevron – 3,3 milhões boepd
12- Abu Dhabi National Oil Co. – 3,1 milhões boepd
13- Total – 2,5 milhões boepd
14 – Petrobrás – 2,4 milhões boepd (Dados atualizados da ANP: 2,972 milhões boepd)
15- Qatar Petroleum – 2,4 milhões boepd
16- Lukoil – 2,3 milhões boepd
17- Sonatrach – 2,2 milhões boepd
18- Iraq Ministry of Oil – 2 milhões boepd
19- PDVSA – 2 milhões boepd
20- ConocoPhillips – 2 milhões boepd
21- Statoil – 2 milhões boepd.
Sim quem desdenha quer comprar. Ou o Serra no ministério Temer/Cunha vai entregar tudo como prometeu à Chevron?
Tentem fazer isto e esperem pelos resultados.
Vá arrumar um emprego menino, já que advocacia e mercado financeiro você tombou.
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