Estas novas informações reforçam o que eu havia publicado no
blog em matéria (links abaixo), respectivamente, 28 de janeiro de 2016 e 23 de
abril de 2016, de que o discurso da
redução das receitas dos royalties do petróleo eram falsos, para justificar
todo o problema.
Blog em 28 de janeiro
de 2016
“A origem do gigantesco déficit do governo do ERJ e a mediação política
para a busca de alternativas”
Link: http://www.robertomoraes.com.br/2016/01/a-origem-do-gigantesco-deficit-do.html
Blog em 23 de abril
de 2016:
“As contas do governo do ERJ: o que está dito e o que está escamoteado”
Link: http://www.robertomoraes.com.br/2016/04/as-contas-do-governo-do-erj-o-que-esta.html
Três matérias na mídia comercial que era tão amiga do governo
estadual, ajudam a desnudar o quadro que é muito complicado e terá ainda repercussões
fortes sobre a população, em especial, sobre os servidores do governo estadual.
O Globo em 09/05/2016
“Conta de R$ 1,65 bi por antecipação de royalties de petróleo chega ao
estado - Há três anos, governo do Rio começou a adiantar participações pela
produção”
Valor em 09/05/2016
“Rio quer carência de cinco anos em dívida com a União”
Link: http://www.valor.com.br/brasil/4554185/rio-quer-carencia-de-cinco-anos-em-divida-com-uniao
Link: http://www.valor.com.br/brasil/4554185/rio-quer-carencia-de-cinco-anos-em-divida-com-uniao
Valor em 10/05/2016
“Previdência de servidores do Rio projeta rombo de R$ 12,3 bi no ano”
Link: http://www.valor.com.br/brasil/4555355/previdencia-de-servidores-do-rio-projeta-rombo-de-r-123-bi-no-ano
Link: http://www.valor.com.br/brasil/4555355/previdencia-de-servidores-do-rio-projeta-rombo-de-r-123-bi-no-ano
É oportuno observar que os processos escolhidos pelo governo
estadual, desde 2010, como alternativas para mediar o problema, quando eles á se mostravam muito graves, mesmo com a expansão da economia, agora mais
que nunca, que eram não apenas equivocados, mas irresponsáveis.
Aliás, caminho semelhante, os municípios petrorrentistas,
fingindo desconhecer o problema do déficit financeiro e orçamentário do governo
estadual estão seguindo.
Fazem isto sem levar em conta os ciclos da economia e outras
questões, como o aperfeiçoamento dos gastos públicos e sua priorização, neste
período de vacas magras, ou barril vazio. Aliás, neste aspecto, outro erro é
jogar todos os municípios no mesmo “barco da crise” quando a situação é muito
diferente, entre os mesmos.
Voltando às matérias dos links citados acima vamos destacar
algumas explicações sobre as finanças do ERJ que nos indicam questões e
indagações que ainda merecem melhor observação.
Uma delas é sobre a questão das debêntures (títulos da
dívida) e da securitização da dívida ativa (troca por títulos) em 2013. Elas
não estão bem explicadas, porque elas ajudam a produzir a explosão de valores
das dívidas, em conjunto com as "novas captações" feitas em 2014, no
mercado internacional de capitais (fundos).
Não me convence a argumentação de que a paridade dos inativos
tenha gerado desequilíbrio na proporção alegada, até porque, efetivamente, ela
não era toda "dispare", pois muitas gratificações e adicionais pagos
aos ativos, desde antes já eram mantidos aos inativos, o que foi levado depois
não seria tão significante como o volume de dinheiro que alegam.
A relação entre servidores inativos e ativos, próxima uma da
outra com maior proporção dos inativos é assim também no governo federal. A
questão previdenciária junto com todo o orçamento necessita sim de solução, porém,
o passivo, não está bem explicado. Isto é fato.
Sobre o geral do déficit do estado e sobre as medidas que
estão sendo planejadas pela governo do estado, coordenada pela Secretaria de
Fazenda e pelo Instituto de Previdência do ERJ.
Aliás vale deixar registrado a fala do diretor-presidente do
Rio Previdência (desde 2010) Gustavo de Oliveira Barbosa na matéria do Valor de hoje, onde, novamente, reafirma
o que havíamos sustentado em janeiro passado: (o grifo é do blog)
“A redução nas
receitas de royalties e participações especiais pagas ao Estado - de R$ 8,7
bilhões em 2014 para R$ 5,5 bilhões no ano seguinte - está longe de ser a única
causa para o infortúnio financeiro do Rio.”
Novamente, voltando às matérias de O Globo e Valor observa-se que elas tratam com menos ênfase as medidas pesadas (já comentadas abertamente por gestores do estado), mas, reforçam que estão sendo encaminhadas. Ontem, na matéria do Valor, o secretário de Fazenda do ERJ, Julio Bueno elencou em linhas gerais como pensa chegar ao equilíbrio corrigindo o déficit atual de R$ 18 bilhões:
Novamente, voltando às matérias de O Globo e Valor observa-se que elas tratam com menos ênfase as medidas pesadas (já comentadas abertamente por gestores do estado), mas, reforçam que estão sendo encaminhadas. Ontem, na matéria do Valor, o secretário de Fazenda do ERJ, Julio Bueno elencou em linhas gerais como pensa chegar ao equilíbrio corrigindo o déficit atual de R$ 18 bilhões:
1) Refinanciamento dos débitos com União (uma espécie de
Proer) - R$ R$ 5,5 bilhões;
2) Operação de Crédito (antecipação de receitas) com Senado
- R$ 3,5 bilhões;
3) Nova Securitização (troca por títulos) de parte da dívida
ativa - R$ 3 bilhões;
4) Venda da folha de pagamentos R$ 1 bilhão;
5) Outorga obtida com concessão das linhas de ônibus
intermunicipais - já adiadas várias vezes + privatização de terminal rodoviário
- R$ 2 bilhões;
6) Esforço para aumento de receita com várias ofertas de
pagamento de atrasados - R$ 1 bilhão.
O total chega a R$ 16 bilhões, mas o déficit é de R$ 18
bilhões, segundo o próprio ERJ.
É aí que entram no argumento das demissões não apenas de
DAs, mas de cerca de 8 mil cargos não concursados, cortes de cargos e de
percentuais de salários.
Ainda mais considerando o cenário político e econômico
nacional em que os que pretendem chegar ao poder, fazem questão de dizer que
possuem visão de mercado, mais preocupados em atender os agentes financeiros,
do que a população e ainda muito menos preocupado com os servidores.
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