As informações são de três diferentes consultorias e demonstram, como já comentamos aqui, por mais de uma vez, como a fase de colapso do "ciclo petro-econômico" abre espaços para esta movimentação que faz crescer a oligopolização, no setor de petróleo e gás em todo o mundo.
A previsão para 2016 é que ainda aconteçam negócios de fusão que envolva a quantia de US$ 285 bilhões entre empresas produtoras, fornecedoras, transportadoras e outras da cadeia de extração e beneficiamento de petróleo no mundo.
Uma das novas aquisições cogitadas é entre as petroleiras americanas Esso-Mobil e a Anadarko em transação estimada no valor de US$ 31 bilhões.
Somando esta previsão para negócios neste 2016, com as outras 3.229 fusões que ocorreram entre 2014 e 2015, movimentando cerca de US$ 950 bilhões, se chega á colossal quantia de US$ 1,235 trilhão em todo o mundo.
Diante desta realidade, ainda há quem insista em não querer compreender como o Brasil foi enlaçado no controle e uso de suas reservas de petróleo e também no aniquilamento de qualquer projeto de agregação de valor à nossa indústria, objetivando incluí-la na cadeia global de valor do setor de petróleo, por exemplo, com a Política de Conteúdo Local (PCL), colocada em ação pelo governo federal, através do Ministério da Minas e Energia e Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Ou seja, enquanto no mundo as empresas e o capital dos fundos financeiros forçam os oligopólios, pasmem os senhores, por aqui, as federações das indústrias, em especial, a Firjan e Fiesp, são os porta-vozes que detonam a Política de Conteúdo Local (PCL) que visa valorizar a indústria nacional e impedir uma ação deletéria destes oligopólios, numa cadeia produtiva já tradicionalmente global e hierarquizada.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
Gian
Após tomar posse, nesta quarta-feira (1°), como presidente da Petrobras, um dos primeiros desafios de Pedro Parente será a aprovação, pela Câmara, do projeto que muda as regras de exploração do pré-sal.
O texto, de autoria do hoje ministro José Serra e já votado pelo Senado, está sendo analisado por uma comissão especial na Câmara.
Que desgraça, o lamparão do Serra junto deste governo provisório esta conseguindo entregar nossa riqueza para os gringos.
Me poupe os COXINHAS de plantão , em dizer que a empresa foi saqueada no governo afastado, sabemos que aconteceu o roubo. Que TODOS os CULPADOS sejam punidos na forma da lei. O que me revoltar é ver a riqueza que nos pertence ser entregue de graça...
http://epoca.globo.com/tempo/expresso/noticia/2016/06/apos-posse-projeto-que-muda-regras-do-pre-sal-sera-um-dos-primeiros-desafios-de-parente.html
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