Destaco dois trechos da reportagem de Ernest Scheyder e Terry Wade. Os grifos (negrito) são do blog. A matéria que pode ser lida aqui diz:
"A deterioração dos preços do petróleo está se transformando em uma das maiores avalanches da história das corporações nos Estados Unidos, com 59 empresas de petróleo e gás falindo no momento, após a recuperação judicial da Midstates Petroleum e da Ultra Petroleum."
"Charles Gibbs, um sócio de reestruturação da Akin Gump, no Texas, disse que o setor petroleiro nos EUA não chegou nem na metade de sua onda de falências. "Eu acho que nós veremos mais pedidos no segundo trimestre que no primeiro", disse. Quinze empresas de petróleo e gás pediram recuperação judicial no primeiro trimestre."
Ainda há entre desinformados e/ou mal intencionado, a crença que o problema é exclusivo do Brasil e da Petrobras.
Segundo o FMI, com a fase de baixo preço do barril que já se aproxima de dois anos já geraram perdas que ultrapassaram a quantia de 1/2 trilhão de dólares, ou US$ 560 bilhões, para ser mais exato, especialmente, entre as economias dos países exportadores e mais dependentes das receitas do petróleo que caíram junto com o preço.
É bom recordar que em toda a história da humanidade, nunca se havia visto um período tão longo de alto preço do petróleo até o atual baque. Durante quatro anos, entre 2010 e 2014, o preço esteve todo o tempo acima dos US$ 100, o barril.
O fato parece ter gerado a ideia de um "novo normal" no mercado, quando na realidade, a maior parte do tempo, os preços sempre tiveram abaixo dos US$ 50, o barril.
Além disso, também há muito se sabe que o ciclo do petróleo é fortemente influenciado pela dimensão geopolítica e por interesses em disputa por hegemonia.
Não há porque imaginar que a atual "guerra de preços" fuja a esta regra, para ser interpretada como uma exceção decorrente das "forças do mercado".
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