1) A produção de petróleo da Nigéria caiu quase 40 por cento para 1,4 milhão de barris por dia (bpd) devido a ataques de milícias a oleodutos e outras unidades, disse o ministro do petróleo do país nesta segunda-feira. Nós estávamos com 2,2 milhões de bpd, mas perdemos 800 mil barris", disse Kachikwu.
Segundo, a agência Reuters: "a atividade petrolífera responde por 70 por cento da economia do país. Ataques de um grupo autointitulado Vingador do Delta do Níger têm prejudicado a produção de petróleo do país. O grupo realizou uma série de ataques nas últimas semanas atingindo plataformas da Chevron e da Shell."
2) Segundo o jornal amerciano Wall Street Journal (WSJ):
"Opep prevê que oferta de petróleo pode ficar menor que a demanda em 2017".
"Uma contração na produção dos Estados Unidos e cortes massivos nos investimentos em novos projetos vão reduzir o excesso de petróleo no mercado mundial ao longo deste ano, previu a Organização dos Países Exportadores de Petróleo na sexta-feira, acrescentando que o recuo potencialmente derrubará a oferta de petróleo em todo o mundo para um nível menor que a demanda em 2017.
A Opep prevê que mudanças na produção de países que não integram o cartel vão ajudar a reequilibrar um mercado global de petróleo que já viu os preços caírem mais de 50% desde 2014, embora a Opep tenha se negado a reduzir sua própria produção."
Às 11 horas, o barril do petróleo brent estava cotado a US$ 49,37. Agora às 17 horas o valor do barril seguia a US$ 49,08. É certo que há muita especulação no mercado de óleo cru que leva a estas oscilações. Porém, com valores próximo aos US$ 50 dólares não eram esperados. É o valor mais alto em um semestre, desde novembro do ano passado.
A redução da produção de petróleo e consequentemente da sobre-oferta nos países extra-Opep que pode chegar a 740 mil b/d, segundo a Opep (431 mil b/dia só nos EUA), ajuda a explicar este movimento.
O excesso de oferta global de petróleo foi reduzido de 1,5 milhão de b/d, para 950 mil b/d. Assim, a Opep volta a crescer sua participação no mercado mundial de petróleo.
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Uma outra notícia que também postamos mais cedo no facebook é sobre a fenomenal redução dos custos de extração do petróleo nas reservas do Pré-sal na Bacia de Santos:
Custo de extração do petróleo do pré-sal caiu para menos de US$ 8
A informação foi da diretora de exploração da Petrobras, Solange Guedes, na última sexta-feira, em conferência para investidores.
Os números são do primeiro trimestre deste ano e indicam o aumento da produtividade, com a ampliação da redução dos custos em relação ao que vinha sendo praticado antes, na faixa dos US$ 9 por barril.
E não vai parar por aí.
Ainda segundo a Petrobras, com a entrada em funcionamento das plataformas próprias da Petrobras (em 2017) que estão em construção (módulos replicantes que começaram a ser montados nos estaleiros do Brasil e tiveram que ser transferidos para a China com a operação Lava Jato), os custos abaixarão ainda mais, porque hoje se tem o peso dos afretamentos inseridos na matriz de custos.
Nem nos cenários mais otimistas se imaginava isto que isto seria possível. Descobrir e iniciar a produção em tão curto espaço de tempo. E em seguida ir reduzindo de forma extraordinária os custos de produção de uma reserva a tão grande profundidade, como da camada do pré-sal.
De certa forma, por linhas transversas, a fase de baixa dos preços contribui para este aumento de produtividade que será crucial e colossal quando de nova elevação dos preços do barril, mesmo que isto se dê num prazo de até cinco anos.
Só para lembrar o menor custo de produção (a seco, sem os royalties e o custos de financiamento da produção e de escoamento) é da Arábia Saudita, como poços em terra que ficam próximo aos US$ 5.
Sim, por isso tinham pressa no golpe para entregar a joia da coroa.
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