O novo presidente da Petrobras, do governo interino e temerário, Pedro Parente, chega dos EUA, adentra à empresa e anuncia à toque de caixa, a ampliação do fatiamento da Petrobras para a venda, ou para a entrega de suas subsidiárias, num processo que o mercado a quem representa prefere denominar como "desinvestimentos através das vendas dos ativos".
A escolha do momento é a Transpetro e a Petrobras Logística de Gás S.A.
São empresa rentabilíssimas, a despeito dos atuais baixos preços do petróleo. Em 2015, a Transpetro repassou à holding Petrobras um lucro de R$ 1,2 bilhão. Ela possui e opera a área de dutos e terminais que foi responsável por 78% da receita operacional da subsidiária no valor de R$ 6,5 bilhões.
A Petrobras Logística de Gás S.A. possui hoje cerca de 14 mil km de dutos, sendo a parte de maior valor e movimento de óleo e gás (oleodutos e gasodutos) a Malha Sudeste, onde se dá a maior parte da exploração e consumo de derivados no Brasil.
Terminal de Petróleo da Transpetro em Barueri, SP |
Estes pipelines (oleodutos e gasodutos) interligam refinarias e terminais aos principais centros consumidores, além de 49 terminais de armazenamento, entre os terrestres e os aquaviários, que operam a movimentação de carga e descarga de petróleo, gás e derivados. A Transpetro atua ainda na área de serviços marítimos, a companhia administra frota de 55 navios.
Na fase atual dos ciclos do petróleo, é fundamental para as estratégias das empresas petrolíferas atuarem de forma integrada, como faz até aqui a Petrobras, com atuação do poço ao posto. No meio deste processo entre exploração/produção – circulação – consumo, a atividade de logística (circulação) é efetivamente a mais estratégica para a empresa.
De forma similar ao corpo humano, a atividade de circulação desta cadeia produtiva funciona como o sistema circulatório que leva o sangue do coração (poço) a todo o corpo. Isto ajuda a demonstra o papel e valor estratégicos, além do potencial de lucros da atividade. Com ela, se pode controlar, tarifas, a movimentação e o fluxo desta mercadoria especial que é o petróleo.
Junto com esta atividade estratégica, as partes dividas da Petrobras para serem entregues, envolvem ainda outro "ativo" importante que é o ligado ao gás natural. Ele ganhou importância seja pelo seu menor poder poluente, mas também pela tecnologia relativamente recente - mesmo que ainda bastante cara - usadas em plantas industriais para a sua liquefação (transformação em líquido).
Assim, sob a forma de LNG (ou GNL, Gás Natural Liquefeito) o seu transporte passou a ser viabilizado por navios e não apenas por gasodutos, como ocorria até então. Desta forma, ao chegar próximo ao consumo, o GNL é regaseificado, muitas vezes, em plantas existentes no próprio navio responsável pelo transporte, para ser usado em geração de energia ou outros usos após distribuição.
Como se pode ver a escolha estratégica dos dois setores para serem vendidos mostra uma coerência e uma articulação de complementação de negócios que interessa ao mercado e desintegra mortalmente, a Petrobras.
O gás natural possui um enorme potencial de produção no Brasil, a ponto do Brasil já poder dispensar o gás vindo da Bolívia, cujo contrato está prestes a se encerrar. A produção de gás natural no Pré-sal, já em curso é colossal, além do que ainda entrará em produção quando o campo de Libra estiver produzindo.
O gás natural possui um enorme potencial de produção no Brasil, a ponto do Brasil já poder dispensar o gás vindo da Bolívia, cujo contrato está prestes a se encerrar. A produção de gás natural no Pré-sal, já em curso é colossal, além do que ainda entrará em produção quando o campo de Libra estiver produzindo.
Além disso e bem melhor, o gás natural não pressiona a questão ambiental pelo seu menor poder poluente. É oportuno dizer que este foi um dos principais motivos que fez a Shell comprar a petroleira britânica BG, no ano passado por US$ 53 bilhões.
A aquisição se deu basicamente, por conta dos ativos que a BG possui nos campos no pré-sal brasileiro, além de já ser desde o ano passado a petroleira estrangeira com maior produção de petróleo equivalente no Brasil. A Shell tem como estratégia global ampliar sua atuação com gás natural.
Não por coincidência a Shell está se estruturando em Macaé, onde se diz que poderá vir a ocupar um prédio que até há poucos dias atendia à Petrobras no município.
É possível que nestes “desinvestimentos”, novo nome para a privatização e venda de empresas públicas, ou de economia mista, como a Petrobras, possa ser incluído o TUP de Imbetiba, em Macaé.
O Terminal de Uso Privado de Imbetiba atua como base portuária de apoio às explorações offshore de petróleo, em boa parte do litoral brasileiro e é parte do patrimônio da estatal e se junta a outros terminais terrestres e aquaviários que armazenam e movimentam óleo cru, gás natural e derivados de petróleo, onde estão todas reservas brasileiras.
Não é preciso ser especialista para ver a lógica que há por trás destas intenções já anunciadas no primeiro dia do Parente na Petrobras.
Não por coincidência, a americana Chevron se articula para ter uma nova base de operações portuárias na região, apensar de hoje, só operar os campos do Frade, ao lado do campo de Roncador, ao lado do campo de Roncador, na frente do porto do Açu e o campo de Papa-Terra, também na bacia de Campos, na direção de Cabo Frio.
A entrega dos ativos estratégicos ligados à etapa de circulação e logística e gás natural hoje de posse da Petrobras, sob o argumento de redução das dívidas da estatal é um crime de lesa-pátria ainda mais grave do que aquele que foi feito com a entrega pelo governo FHC com a Vale do Rio do Doce.
As dívidas da estatal, embora grandes porque cresceram com a correção cambial e os grandes projetos que vinham sendo tocados até que a fase de colapso do “ciclo petro-econômico” se iniciasse no segundo semestre de 2014, estão razoavelmente administradas até 2017.
Há bom volume de dinheiro em caixa. Por isso não há nenhum motivo para esta sanha entreguista e irresponsável de partes da maior empresa da América Latina.
Não creio que a nossa Nação assistirá este processo sem reagir. A ultraliberalização do governo interino e temerário, ultrapassou todos os limites, já não aceitáveis dos governos liberais da era FHC-1 e FHC-2.
A aquisição se deu basicamente, por conta dos ativos que a BG possui nos campos no pré-sal brasileiro, além de já ser desde o ano passado a petroleira estrangeira com maior produção de petróleo equivalente no Brasil. A Shell tem como estratégia global ampliar sua atuação com gás natural.
Não por coincidência a Shell está se estruturando em Macaé, onde se diz que poderá vir a ocupar um prédio que até há poucos dias atendia à Petrobras no município.
É possível que nestes “desinvestimentos”, novo nome para a privatização e venda de empresas públicas, ou de economia mista, como a Petrobras, possa ser incluído o TUP de Imbetiba, em Macaé.
O Terminal de Uso Privado de Imbetiba atua como base portuária de apoio às explorações offshore de petróleo, em boa parte do litoral brasileiro e é parte do patrimônio da estatal e se junta a outros terminais terrestres e aquaviários que armazenam e movimentam óleo cru, gás natural e derivados de petróleo, onde estão todas reservas brasileiras.
Não é preciso ser especialista para ver a lógica que há por trás destas intenções já anunciadas no primeiro dia do Parente na Petrobras.
Não por coincidência, a americana Chevron se articula para ter uma nova base de operações portuárias na região, apensar de hoje, só operar os campos do Frade, ao lado do campo de Roncador, ao lado do campo de Roncador, na frente do porto do Açu e o campo de Papa-Terra, também na bacia de Campos, na direção de Cabo Frio.
A entrega dos ativos estratégicos ligados à etapa de circulação e logística e gás natural hoje de posse da Petrobras, sob o argumento de redução das dívidas da estatal é um crime de lesa-pátria ainda mais grave do que aquele que foi feito com a entrega pelo governo FHC com a Vale do Rio do Doce.
As dívidas da estatal, embora grandes porque cresceram com a correção cambial e os grandes projetos que vinham sendo tocados até que a fase de colapso do “ciclo petro-econômico” se iniciasse no segundo semestre de 2014, estão razoavelmente administradas até 2017.
Há bom volume de dinheiro em caixa. Por isso não há nenhum motivo para esta sanha entreguista e irresponsável de partes da maior empresa da América Latina.
Não creio que a nossa Nação assistirá este processo sem reagir. A ultraliberalização do governo interino e temerário, ultrapassou todos os limites, já não aceitáveis dos governos liberais da era FHC-1 e FHC-2.
A venda de partes da empresa na fase de baixa do ciclo do petróleo é um absurdo. Um novo ciclo petróleo, mesmo que leve ainda mais três ou quatro anos, para atingir uma nova fase de expansão, tem que ser considerada por quem, minimamente, pensa a Nação.
PS.: Atualizado às 10:15 de 03/06: para corrigir o primeiro nome do Parente.
PS.: Atualizado às 10:15 de 03/06: para corrigir o primeiro nome do Parente.
16 comentários:
O fato é que o modelo de até entāo nao trouxe benefício para a população brasileira. Só prpopiciou o nail rescue a de corrupção do mundo e is preços dos combustíveis nun a caem. Mesmo com o preços do petróleo abaixo de U$ 50,00, is combustíveis continuam Caríssimos
Só os politicos e is petroleiros se beneficiam do modelo atual
Na fase de baixo do ciclo do petróleo, todas as petroleira do mundo estão em crise.
Foi assim que FHC na baixa vendeu por bagatela a Vale. Dizia-se que o minério nunca mais daria rentabilidade. Aí venderam uma empresa, mesmo na baixa com grandes lucros e ainda emprestando dinheiro aos compradores que pagavam as prestações com os lucros.
Em 2008, o minério bateu o maior preço de todos os tempos chegando a US$ 185 a tonelada. Querem repetir o mesmo com os pedaços da Petrobras, acabar com a Política de Conteúdo Local e os empregos.
Papo de acionista e oportunistas. E pensar que mesmo entre estes, houve no passado uma elite econômica que pensava um projeto de Nação, entre erros e acertos.
Agora a ideia é entregar tudo e faturar algum na condição de rentista. Até para ser rentista o cara precisa ser um pouco menos limitado e tentar entender a lógica do processo.
Nem que o rombo da Lava jato fosse cem vezes maior, a nação não perderia tanto como perdeu entregando e ainda financiando a preço de banana os novos compradores da Vale.
Querem repetir a dose com os pedaços da Petrobras, coisa que FHC tentou, mas não conseguiu fazer em seus dois mandatos. Agora querem fazer a toque de caixa.
Acompanhemos as reações. Uma briga boa.
É Pedro Parente o nome do entreguista.
Agradeço pela correção do nome do arrogante Pedro Parente. Estou corrigindo.
Compare os números da vale referentes ao período como estatal com o período como empresa privada para ver se valeu a pena ou não, principalmente nos pontos referentes a investimento, produção,criação de empresgo e arrecadaçao de imposto.
É mesmo perda de tempo dialogar com estes leitores de Diogo Mainadi, Veja e Globo.
Lei o que escrevi acima. Estas comparações é como comprar banana com laranja.
Tratam-se de duas fases distintas dos ciclos econômicos desta commodity. Os preços dela no mercado mundial, como já falei são distintos para os períodos.
Isto ou é falta de inteligência, ou má fé.
Ou os dois. Falei disto antes:
Na ocasião se "dizia que o minério nunca mais daria rentabilidade. Aí venderam uma empresa, mesmo na baixa com grandes lucros e ainda emprestando dinheiro aos compradores que pagavam as prestações com os lucros. Em 2008, o minério bateu o maior preço de todos os tempos chegando a US$ 185 a tonelada. Querem repetir o mesmo com os pedaços da Petrobras, acabar com a Política de Conteúdo Local e os empregos."
Talvez, nem desenhando seja possível.
Com um raciocínio destes até para ganhar dinheiro como rentistas estes caras são ruins.
O animal não considera a flutuação do preço do minério quando a Vale foi vendida, e depois com a oscilação ascendente com o boom chinês, vá ser desonesto (e burro) lá na China.
Um ativo dessa natureza (petróleo, minério) não pode ser referência para determinar o valor estratégico de um empresa.
É justamente aí que está o crime de lesa-pátria.
Até porque, assim como a Vale, todo o investimento está pronto, e toda expertise foi criada com a gestão estatal.
Aí quando o ciclo reflui, o preço cai, e os abutres e prostitutas que adoram ser enrabadas pelo Tio Sam, pregm a venda na bacia das almas.
Se a Vale não tivesse sido privatizada, ela hoje estaria quebrada, igual a Petrobras, pois teria sido usada nos esquemas políticos, que se institucionalizaram com os governos do PT.
A privatização da Vale foi muito salutar para o Brasil. Menos uma fonte de dinheiro a ser roubado
O cabra é deste tipo que o meu pirão primeiro. Compraram a Vale por ninharia, preço de banana. Sem um tostão próprio. Com dinheiro emprestado. Com juros do BNDES que é a metade do lucro mensal. Na fase de baixa do ciclo. Os desvios da Lava jato multiplicado por 50 é ainda inferior à mamata que a Vale ofereceu a estes que cometeram crime de lesa-pátria.
Sim, para eles nada melhor. Para a Nação? O que interessa da Nação que não seja sugar para esta turma?
É só deixá-los falar que a realidade fica exposta. Nem precisa de Freud, Lacan ou qualquer outro.
Esta trupe da Veja e Globo vai chorar nos seus espaços pagos com o dinheiro do povo.
Defender Temer e Cunha é de doer. Moralismo cabotino.
Preço médio do minério de ferro só teve variação acentuada a partir de 2004, mas a
empresa já apresentava resultados muito mais satisfatórios como empresa privada, tendo variação de 50% no seu lucro já no primeiro ano de privatização.
Oh meu caro comentarista das 03:09,
Há que se separar juros lucros reais e os nominais. Ainda assim, os lucros aumentaram, mas nunca chegaram a este patamar antes dos aumentos dos preços no mercado internacional.
Além disso, para quem acompanha as grandes corporações sabe muito bem que os planejamentos de longo prazo ditam estes resultados e não as medidas de curto prazo. Assim, a maior parte dos seus resultados se deveram a investimentos entre 5 e 10 anos antes, como é o normal neste casos.
A Vale foi vendida por FHC 1997 com todo o dinheiro disponibilizado aos compradores pelo BNDES a juros favorabilíssimos. Isso permitiu que os lucros pagassem os juros e ainda que a Vale fizesse aquisições aumentando a corporação para um oligopólio do setor. A capitalização com os fundos previdenciários de estatais e com aquisição de ações também se tornaram importantes para novas aquisições e projetos.
Só maus intencionados escamoteiam esta realidade.
A Vale foi preparada para ser vendida bem antes com os planos de investimentos financiados pelo BNDES e BB bastantes consideráveis. Assim, o que a gestão privada teve foi alcançar os louros do planejamento governamental anterior.
Neste ponto específico não se pode deixar de levar em conta o amadurecimento e as exportações crescentes da extração da Vale no Projeto Carajás, no Pará, apara além da extração em Minas e exportação pelo Porto de Tubarão no Espírito Santo que ocorriam nas décadas de 70 a 90, prioritariamente.
Através da ferrovia Carajás - Itaqui, se passou a levar o minério de ferro até o Terminal de Ponta da Madeira, no Porto de Itaqui no Maranhão e isto também aumentam os lucros, que após 2004 se multiplicam com o novo ciclo de preços das commodities, que passam também a refletir as produções maiores.
Repito, fugir da realidade é coisa de maus intencionados que apenas pegam incautos.
Para de se iludir amigo, o estado nunca vai gerir como uma empresa privada gere, esse seu sonho não vai se realizar, seria ótimo, excelente se isso foi real, mas nunca vai ocorrer, um brasileiro nunca vai produzir o que um americano produz, acorda cara.
Eu só posso ser mesmo um irresponsável em ainda perder tempo com gente assim com cabeça ão colonizada e limitada.
Não sei o que se interessa pelo blog. Continue nas Exames da vida e nas Vejas e coisas do tipo.
Para não deixar misturar alhos com bugalhos próprios de gente limitada e controlada mentalmente, o blog não tem posição nem xenófoba e nem estatista por completo numa sociedade capitalista.
O que não quer dizer que apoie a bandidagem que quer apenas mamar do estado, juros baixos do BNDES, entregar a Petrobras como fizeram com a Vale com juros de pai para filho, onde os lucros pagavam o valor recebido.
O resto é conversa mole e perda de tempo. Tenho mais o que fazer. Volta lá pro Globo.
Carai, esse comentário das 5:30 PM é de doer os olhos...Eu não acredito que existam débeis mentais desse quilate.
O cara só pode estar fazendo tipo para provocar...
Ou adora vir aqui tomar uma enrabada...
Vai saber.
Tem os dois tipos. Vez por outra eles se juntam. rs rs
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