As duas grandes nações sinalizam ainda mais forte aproximação entre ambos e ao mesmo tempo, um certo distanciamento, e prevenção em relação ao Ocidente especialmente, os EUA.
O Kremlin divulgou um comunicado no qual revela uma comissão de cooperação para o investimento em 58 diferentes iniciativas comerciais, com volume total de US$ 50 bilhões em recursos. Cerca de uma dúzia dos negócios está em fase de implantação. Novamente voltaram a citar o projeto para construir uma estrada de ferro de alta velocidade entre Moscou e Kazan até o fim do ano.
No campo econômico, a Rússia e a China também assinaram um acordo de mecanismos de negócios em moedas próprias (rublo e yuan,) para facilitar o comércio bilateral. De forma especial merece destaque a questão do comércio de petróleo, que desde 70 é feito exclusivamente em dólar americano. Não há confirmação sobre a inclusão deste setor no acordo, mas ele é provável. Este assunto tem potencial explosivo e que fere interesse dos grandes bancos e do governo americano.
A Rússia também deu apoio diplomático sobre a posição da china sobre as disputas marítimas no Mar do Sul da China que remete à discussão sobre a soberania das águas, que é um outro ponto de forte confronto contra os americanos.
Ainda sobre o assunto, a China e Rússia formularam um solicitação conjunta para que a Declaração de Conduta das Partes no Mar do Sul da China, documento assinado em 2002 assinado pelos chineses e a Associação das Nações do Sudeste Asiático, seja logo implementado. Segundo a China informou este código de conduta deixaria claras as regras para essas disputas marítimas.
Sobre a área militar e de defesa, a China e os EUA expressaram oposição conjunta contra o Aegis Ashore, programa do governo americano, e da instalação de um terminal de defesa na Coreia do Sul.
Como é possível ver as decisões apontam para acordos cada vez mais proximidade entre ambos e de preocupação com a relação aos EUA.
PS.: Atualizado às 16:20: Ainda sobre as trocas comerciais e parcerias entre a Rússia e a China vale destaque, o acordo firmado entre a Rosneft, maior produtora de petróleo russa, e a estatal chinesa ChemChina do setor de petroquímica. Assim, esta última assumiu 40% de participação no Complexo Petroquímico VNHK no extremo leste chinês. Ainda como parte do acordo a ChemChina ampliou o contrato para receber por mais um ano petróleo russo, num acordo que vigora desde 2015.
Ainda sobre os acordos sobre petróleo entre russos e chineses, pelo 3º mês consecutivo a Rússia superou a Arábia Saudita em fornecimento de petróleo para a China. Assim, se observa o avanço nos acordos que estaria passando pelo fato de prescindir que os acordos sejam feitos em dólar, ou como é chamado "petro-dólar".
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