segunda-feira, julho 11, 2016

A Petrobras não para de bater recordes em produção, enquanto o governo golpista prepara a venda em partes da estatal

No dia em que a Petrobras e o governo interino anunciam a venda da Transpetro, a empresa subsidiária da Petrobras, responsável pelo processamento de gás natural e que atua também nas operações de importação e exportação de petróleo, derivados e gás natural.


Junto há ainda a intenção de venda da Malha de gasodutos do Sudeste (NTS) e do controle de outra subsidiária, a Transportadora Associada de Gás (TAG).


Este fatiamento da Petrobras em partes visa facilitar estas vendas que buscam se aproveitar das fragilidades da crise política e do ambiente golpista e ainda da desvalorização cambial que torna estes "ativos" baratos para as empresas estrangeiras.

E observem ainda a enorme contradição: tudo isto no dia em que novos recordes de produção de petróleo e gás natural são anunciados pela Petrobras relativos à produção do mês de junho.

Lembremos que isto acontece de forma extraordinária em meio à crise do preço do barril de petróleo, de governança com trocas de diretorias e das apurações dos desvios pela Operação Lava Jato. Tudo isto torna o feito relevante, embora devesse ser realçado em meio aos interesses escusos.

No mês passado de junho, foram produzidos 2,90 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), volume 2% maior do que o produzido em maio (2,83 milhões boed). O recorde anterior era 2,88 milhões boed, de agosto de 2015. Considerando só a produção no Brasil, o volume foi de 2,70 milhões boed que também representa um recorde mensal. A marca anterior, de 2,69 milhões boed também era de agosto de 2015.

Só o pré-sal atingiu o volume também recorde de 1,24 milhão boed, com crescimento em junho comparado a maio de mais 8%. A Petrobras informou que o crescimento é consequência da entrada em operação de novos poços conectados às plataformas (FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Itaguaí), no campo de Lula, nas áreas de Lula Alto e Iracema.

Por conta de toda esta realidade que deve ser questionada por todo o povo brasileiro e não apenas os petroleiros, o blog aproveita a ocasião e traz o link (aqui) de um artigo sobre a importância estratégica e geopolítica atual do Gás Natural e do Gás Natural Liquefeito (GNL), dentro da matriz mundial de consumo de energia.

PS.: Esta nota e o artigo estavam até 13/07, numa única postagem. O blog decidiu agora desmembrar os textos em duas postagens. Clique aqui e leia o artigo sobre a importância estratégica e geopolítica do Gás Natural. 

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