O mundo real ou a materialidade que as oligopolizações fazem na fase de baixa do ciclo econômico. Muitas fusões e aquisições, como temos repetido aqui.
Vejamos o caso no Brasil da compra da operadora GVT do grupo francês Vivendi pela Vivo do grupo Espanhol da Telefônica. A Vivo comemora os resultados. Já fez economia de R$ 12 bilhões que deve chegar a R$ 25 bilhões maior do que o valor pago pela compra da empresa.
Contrapartidas:
1) Para os clientes: o sinal de internet, a qualidade dos serviços e atendimento pioraram significativamente em várias cidades onde a GVT operava. Os casos do Rio e Campos, RJ são emblemáticos para uma região metropolitana e um município de médio porte.
2) Para os trabalhadores: No ano passado, em setembro, um universo de 2 mil foram demitidos e aproximadamente outros tantos estão previstos para o próximo mês de agosto. Até aqui a economia com pessoal de apenas R$ 180 milhões.
Ou seja a quem os oligopólios servem?
Interessante é que como já disse esse processo vai na direção contrária de um dos preceitos que o capitalismo tanto preza: a concorrência. No fim, mais uma das contradições.
O capitalismo diz que é bom porque oferece concorrência para reduzir preços e melhorar os serviços. Mas, no mundo o real o que se tem: as grande engolem as menores, reduzem ou acabam com a concorrência - buscando a renda de monopólio, ou quase isso).
Assim aumentam os preços e com o domínio do mercado, sem temer a concorrência piora os serviços, por decorrência da redução sem critérios do custos através das demissões dos melhores trabalhadores.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
De acorfo
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